A necessidade do agro brasileiro melhorar sua comunicação com os mercados mundiais foi o assunto da entrevista do publicitário, palestrante e autor de livros sobre o agro José Luiz Tejon ao programa A Granja na TV, apresentado pela Ulbra TV na sexta-feira, 16.
Segundo ele, é preciso mais organização para o campo se comunicar melhor.
“Falta uma ‘Embrapa da comunicação’”, definiu Tejon à jornalista Thais D´Avila.
“Temos a necessidade de exercer uma comunicação empática, inteligente e constante e permanente nos nossos mercados consumidores”, lembrou.
E acrescentou que esta comunicação não tem que ser apenas entre instituições e governos mundiais.
“Nós precisamos falar com a sociedade desses lugares”, esclareceu.
Tejon, que conversou com A Granja na TV durante o Salão Internacional de Proteína Animal (Siavs), destacou como exemplo o “trabalho impecável” do setor de proteína animal.
Seja na produção como um todo e no “compromisso de sanidade tropical que hoje é modelo inclusive na área da proteína animal para muitos países, até no mundo do zebu, pelas exportações de tecnologias para as fontes que originaram estes animais ao Brasil”.
Espetáculo de produção
“Temos um espetáculo na área de produção. Temos competência de produto, uma competência única de custo e está nos faltando uma competência que faça justiça a este trabalho de produto e custo”, advertiu.
“E mesmo com as dificuldades que temos de distribuição e logística, eu ouvi de setores de trade e de governos na China, por exemplo, ‘vocês são uns heróis, vocês conseguem produzir no outro lado do mundo (para eles), cruzar todo o oceano e entregar aqui um produto de ótima qualidade com um custo competitivo’”.
“Portanto, nós temos este talento”, ressaltou.
“Está nos faltando o charme da propaganda”.
Para tanto, é necessário esclarecer que o mundo está “consumido produtos feitos por seres humanos que trabalham com uma dedicação e amor impressionantes que é o caso da produtora e o produtor rurais brasileiros, todos descendentes de todos os povos do mundo”.
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Tejon menciona ser importante que haja uma “organização deste conceito, uma orquestração destes sentimentos”.
E ainda um certo cuidado ao falar para o mundo para os brasileiros “não parecerem arrogantes, soberbos, prepotentes”.
“Jamais dar a entender em lance algum que você é melhor que os produtores da China, da Índia, da África do Sul, da Europa”, acrescentou.
Agricultura tropical
Para ele, o mundo precisar saber que a produção agrícola brasileira se dá no “cinturão do planeta Terra, graças até a Embrapa, que tem um conhecimento científico e tecnológico tropical que é o mais avançado do planeta Terra”.
“Então, isso está nos faltando. Para a gente realizar, nos falta uma Embrapa da comunicação porque é o lugar, o núcleo de três a quatro publicitários fazer um trabalho como uma multinacional faz em inteligência de comunicação.
Afinal, lembra, a qualquer ataque, seja por desconhecimento ou “orquestrado”, o agro brasileiro se mostra vulnerável por não ter uma proteção de imagem.
A entrevista completa no link abaixo. E mais informações sobre o agro no programa A Granja na TV, diariamente às 17h30min e com reprise às 7h30min do sai seguinte na Ulbra TV.