O Oeste baiano começou a colher seus 303 mil hectares de lavouras de algodão 2021/2022. A distribuição de chuvas fora do normal – com excesso no plantio e falta nos meses de fevereiro, março e abril – impactou na expectativa de produtividade e produção, de acordo com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).
A redução esperada, até o momento, deve ser em torno de 10%, com produtividade variando entre 280 e 300 arrobas por hectare, contra 311 arrobas estimadas anteriormente. E produção de 530 mil toneladas de pluma (algodão beneficiado), ante as 588 mil toneladas originalmente aguardadas.
Safra remuneradora
De acordo com o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, esta safra ainda deverá ser remuneradora para os produtores. Os insumos foram adquiridos em patamares de preço anteriores à guerra entre Rússia e Ucrânia, e o algodão foi comercializado em valores superiores a US$ 0,80 por libra-peso. Cerca de 70% da safra 2021/2022 já foram vendidos.
Para 2022/2023, contudo, a situação é mais preocupante.
Bicudo mais contido
Nesta safra, a boa notícia é que o bicudo-do-algodoeiro, principal praga das lavouras de algodão, se manteve em níveis baixos e sob controle. Já as lagartas helicoverpa e spodóptera apresentaram alguma resistência no final do ciclo, assim como a mancha de ramulária, mas sem grandes repercussões, segundo Bergamaschi.
Fonte: Abapa