O mercado brasileiro de milho apresentou preços firmes no balanço de agosto.
A retração na oferta por parte dos produtores, com a finalização da colheita da safrinha, e o dólar em patamares mais altos garantiu suporte às cotações nos portos e também no físico interno.
Segundo a Safras Consultoria, o mercado interno não encontra espaço no cenário internacional para dar suporte às cotações nos portos e gerar um fluxo mais elevado de embarques.
Os fluxos nos portos estão em níveis “normais” para esta etapa do ano, com grande parte das exportações realizada pelo Arco Norte e Santos.
Mercado interno
Assim, o mercado interno fica sujeito às variações de câmbio.
Com o final da colheita da safrinha em boa parte dos estados, aponta a Safras Consultoria, o produtor procura uma retenção focando em uma recuperação nos preços.
Deste modo, o mercado avança em negócios quando há uma volatilidade cambial, uma melhoria nas cotações e melhor disposição dos produtores à venda.
Porém, destaca a Safras Consultoria, segue o perfil de 2024 na necessidade de exportações de 40 milhões de toneladas para reduzir os excedentes internos.
Plantio 2024/25
E seguem também as atenções para as condições do plantio da safra de verão 2024/25 em meio às questões climáticas.
Na última semana de agosto houve novo importante movimento das tradings fazendo grandes volumes de compras regionais, visando os embarques para setembro em meio à volatilidade cambial, com novas altas recentes.
Isso contribuiu para o suporte às cotações nos portos e no disponível.
No balanço mensal até esta quinta-feira, 29, no disponível ao produtor, o preço do milho em Campinas/CIF na base de venda subiu de R$ 62,00 para R$ 65,00 a saca, alta de 4,8%.
Mais sobre o cereal em Milho se mantém travado no mercado brasileiro
Na região Mogiana Paulista, o cereal subiu de R$ 57,00 para R$ 60,00, alta de 5,2%.
Em Cascavel/PR, no comparativo de agosto, o preço subiu de R$ 58,00 ao final de julho para R$ 59,00 a saca na base de venda, elevação de 1,7%.
Em Rondonópolis/MT, a cotação avançou de R$ 48,00 para R$ 50,00 a saca, alta de 4,2%.
Já em Erechim/RS, o preço no balanço se manteve em R$ 66,00.
Em Uberlândia/MG, subiu de R$ 55,00 para R$ 58,00, alta de 5,45%.
E em Rio Verde/GO, o preço na venda subiu de R$ 50,00 para R$ 55,00 a saca, aumento de 10%.
Fonte: Safras & Mercado