De porte pequeno, mas de rendimento satisfatório; com pernas um pouco alongadas e partes do corpo cobertas por lã, o Ovino Pantaneiro deve ser reconhecido como a mais nova raça de ovinos daqui a dois anos e pode contribuir para acabar com a sazonalidade na produção de carne e leite de ovinos.
A previsão é do professor Marcos Barbosa Ferreira, coordenador do Centro Tecnológico de Ovinocultura (CTO) da Fundação Manoel de Barros, ligada à Universidade Anhanguera – Uniderp – de Campo Grande (MS). Por mais de duas décadas, as caraterísticas, as funcionalidades e a composição desse grupo genético isolado é monitorado pela instituição. Na época de sua fundação, no ano 2000, recursos na ordem de R$ 3 milhões foram injetados em infraestrutura.
Ovino pantaneiro produz o ano todo
Apesar de produzir uma carne extremamente macia, segundo o pesquisador, e resistir à produção de cascos nas regiões úmidas, uma característica do Ovino Pantaneiro que deve mexer com o mercado é a sua proficuidade.
As Ovelhas Pantaneiras emprenham em qualquer época do ano, característica importante, posto que os demais ovinos têm estacionalidade reprodutiva em meados de outubro e no começo do inverno. Em suas andanças pelo Pantanal, Ferreira mapeou cerca de 1.000 animais com as caraterísticas fiéis aos rebanhos ancestrais. Acredita-se que os possíveis ascendentes do Pantaneiro sejam as raças Churra, Bordaleira e a Churra-Bordaleira, cujo leite deriva o Serra da Estrela, considerado o melhor queijo do mundo.