O diesel vai subir R$ 0,25 para as distribuidoras a partir deste sábado (21), o que deve encarecer o custo da produção agropecuária, do frete e, consequentemente, de toda a cadeia alimentícia no país. Por outro lado, o preço da gasolina cairá R$ 0,12.
Desde que o PT assumiu o poder em janeiro deste ano, os lucros da Petrobras vêm caindo de forma alarmante. Apenas no segundo trimestre, a redução no lucro líquido da companhia foi de 47%, sendo que, ao final de 2022, a estatal estava com um crescimento de 48,02% nos lucros.
Por conta, ainda, da política adotada pelo governo Lula de congelar preços artificialmente, abandonando o Preço de Paridade de Importação (PPI) – o que dá a falsa impressão de que a inflação estaria “controlada” -, no acumulado do ano o diesel apresenta redução de R$ 0,44/litro, enquanto que a gasolina acumulou R$ 0,27 de redução por litro.
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Ocorre, porém, que, com o abandono do PPI, a Petrobras tem redução nos lucros, conforme visto acima, e pode facilmente ter grandes prejuízos, como quando Dilma quase quebrou a petrolífera ao adotar a mesma medida de congelamento de preços em 2014, ano de sua suposta reeleição. À época, em um intervalo de dois anos, a Petrobras saiu de um lucro líquido de R$ 23,6 bilhões em 2013 para um rombo de R$ 34,8 bilhões em 2015.
E ainda, por conta do congelamento artificial de preços promovido por Lula, os atores privados do mercado de abastecimento no Brasil saem extremamente prejudicados, pois estes precisam pagar o preço praticado internacionalmente, mas revender a preços similares aos da Petrobras para garantir a competitividade.
Acaba sendo, portanto, uma forma de estrangulamento do setor privado e uma possível bomba-relógio para toda a população, porque a estatal também paga o preço cheio no mercado externo, mas subsidia o preço para as distribuidoras às custas do seu próprio lucro, o que afasta investidores e joga as suas contas no vermelho, uma vez que aumenta os seus gastos ao mesmo tempo em que diminui o seu faturamento. Assim a Petrobras pode quebrar o setor privado, a exemplo do que ocorreu na Argentina com a estatal YPF, levando à falta de óleo diesel no país e à consequente explosão inflacionária.