O plantio do milho no RS já chegou a 70% da área projetada, que é de 817.521 hectares.
A maioria das lavouras encontra-se em estágio de germinação e desenvolvimento vegetativo (99%), enquanto 1% já ingressaram no período reprodutivo.
De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado na quinta-feira, dia 26, pela Emater/RS-Ascar o período foi marcado por maior incidência de luz solar, favorecendo o rápido crescimento e o desenvolvimento vigoroso das plantas.
Muitos produtores aproveitaram o período para aplicar fertilizantes nitrogenados nas áreas tecnicamente apropriadas, bem como herbicidas, visando ao controle de ervas daninhas.
Na região de Frederico Westphalen, dos 80 mil hectares, 87% estão na fase de germinação e desenvolvimento vegetativo, e 13% em florescimento.
O desenvolvimento da cultura é satisfatório, beneficiado por condições climáticas favoráveis, porém, em pontos isolados, a ocorrência de altas precipitações com ventos fortes e granizo causaram acamamento na cultura.
Na de Passo Fundo, o plantio evoluiu para 95% das áreas destinadas ao grão, e a cultura está em desenvolvimento vegetativo. A área é de 73 mil hectares.
Mais sobre a safra 2023/2024 em Milho: atraso na soja pode reduzir ainda mais a área da safrinha
Soja avança
Algumas regiões implantaram áreas de soja na semana.
Mais ao sul do estado, a operação avançou de forma significativa, devido às condições de solo favoráveis.
Ao norte, a implantação foi realizada nos momentos de clima mais propício para a entrada nas lavouras.
Os produtores efetuam o preparo das áreas.
A estimativa inicial de área para a safra 2023/2024 é de 6.745.112 hectares implantados e de produtividade, 3.327 kg/ha.
Arroz: alagamentos
O plantio avançou onde foi possível a entrada nas lavouras.
Na Campanha, Região Sul e Central, algumas áreas foram implantadas.
Na Fronteira Oeste, a operação foi prejudicada pelas chuvas e pelos alagamentos.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, o alto volume de chuvas na Fronteira Oeste já causa prejuízos diretos aos produtores de arroz, como alagamento das lavouras pela cheia dos rios.
Principalmente do Rio Uruguai, e prejuízos indiretos, como atraso no processo de semeadura.
As áreas mais afetadas pela cheia estão situadas em São Borja e Itaqui.
Em Uruguaiana, muitos produtores evitaram realizar o plantio das lavouras mais suscetíveis ao alagamento, deixando para novembro ou, até mesmo, selecionando outros cortes em áreas mais distantes dos cursos d’água e com relevo mais ondulado, as quais não seriam cultivadas nesta safra.
O plantio já passa de 65% na Fronteira Oeste, mas ainda não é possível determinar quanto dessa área terá de ser replantada.
Na região de Pelotas, em razão da melhora significativa da umidade dos solos, foi possível dar continuidade à semeadura do arroz irrigado, pois houve trafegabilidade de máquinas e implementos agrícolas nas lavouras.
No entanto, há atraso na operação quando comparada à safra anterior no mesmo período.
De 8 a 14 de outubro dias ensolarados, sem chuvas, e as temperaturas amenas e quentes favoreceram a boa drenagem e o enxugamento da água nos solos dessas lavouras.
Se o clima permitir e não chover nas próximas semanas, os plantios deverão avançar significativamente na região, recuperando o atraso nas semeaduras.
Fonte: Emater/RS-Ascar