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Home»Negócios»Por que os custos da produção na agricultura subiram tanto?
Negócios Atualização:28/10/2021

Por que os custos da produção na agricultura subiram tanto?

Carla SantosPublicado por Carla Santos28/10/2021Atualização:28/10/2021Nenhum comentário7 Min de Leitura

A escalada dos preços dos insumos foi a principal responsável pelo aumento dos custos de produção da agropecuária em 2021. O fertilizante, por exemplo, apresentou alta superior a 100% de janeiro a setembro/21. Consequência de um mix de fatores: alta demanda, problemas logísticos, questões geopolíticas e consequência da crise energética.

“Como tornar a agropecuária mais atrativa em 2022” foi o tema do evento do Sistema CNA/Senar, nesta quinta (28). Em pauta, os principais resultados dos levantamentos dos custos de produção da agropecuária. Os dados foram coletados pelos técnicos do Projeto Campo Futuro em 2021.

Em 2021, houve 127 painéis virtuais de levantamento de custos de 24 atividades produtivas. Participaram 1.604 produtores rurais de 20 estados e 110 municípios, com significativa participação na produção agropecuária brasileira. A informação é do diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi.

Fertilizantes

No acumulado do ano, os preços da ureia, do MAP (fosfato monoamônico) e do KCL (cloreto de potássio) subiram 70,1%, 74,8% e 152,6%, respectivamente. Esse cenário de tendência de valorização dos preços de fertilizantes deve permanecer em 2022. O que vai impactar a margem de lucro dos produtores rurais.

De acordo com os resultados do Campo Futuro, dentre os defensivos agrícolas, o glifosato foi o que sofreu a maior valorização (126,8%). A alta teve influência principalmente do fornecimento da matéria-prima, bem como da proibição de uso do paraquat – que fez aumentar a demanda. 

Segundo produtores, houve falta do produto em algumas regiões, trazendo preocupações que vão além da elevação do custo. Na abertura do encontro virtual, o presidente da CNA, João Martins, afirmou que o Campo Futuro é um projeto prioritário para a casa. Segundo ele, as análises dos dados coletados servem de base para uma série de iniciativas e ações do Sistema em benefício dos produtores rurais.

“Mesmo com a pandemia, o projeto não parou. Estamos encerrando essa etapa e vamos continuar no ano seguinte em um momento mais acessível, em que os técnicos terão uma relação mais próxima com os produtores.”

João Martins

Para o presidente da CNA, o projeto Campo Futuro está sendo cada vez mais aprimorado e continuará sendo. “É um dos alicerces de sustentação, reivindicação e conhecimento da realidade dos produtores no campo.”

Soja

O Custo Operacional Efetivo (COE) da soja na safra 2020/2021 foi cerca de 17% superior se comparado à safra anterior, na média de todos os painéis. O grande aumento ocorreu pela alta dos preços de fertilizantes e defensivos, que subiram 14,8% e 16,9% respectivamente nas praças pesquisadas.

Entretanto, a produtividade média das lavouras de soja também aumentou, atingindo 59,4 sacas por hectare, 8,6% acima da safra anterior. O preço médio de venda do grão subiu 46,9% frente ao levantamento do ano anterior.

Milho 1ª safra

O principal gasto do milho primeira safra foi com o controle de pragas, 25,7% superior à safra passada. Parte desse aumento se deve ao ataque da Cigarrinha (Dalbulus maidis), que afetou a produtividade de regiões ao Sul do país.

Os municípios de Campos Novos e Xanxerê, em Santa Catarina, por exemplo, registraram produtividades de 110 e 130 sacas por hectare respectivamente. A produtividade média de todos os painéis avaliados pelo Campo Futuro para o milho de primeira safra foi de 160 sacas por hectare.

Milho 2ª safra

O atraso no plantio da soja retardou o plantio do milho de inverno, que também passou por geadas próximas à colheita. A produtividade média da cultura em 2020/2021 foi de 63,8 sacas por hectare. Isso representa 39,3% abaixo do observado na safra anterior, com 105,2 sacas por hectare de média. Regiões no Sul e Sudeste do país, como Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, foram as mais afetadas.

Em Londrina (PR), a área média da região definida para o cultivo de milho safrinha foi de 90 hectares, com apenas 20,7 sacas por hectare de produtividade média. Em Dourados (MS), com 280 hectares, a produtividade foi de 15 sacas por hectare.

O bom momento dos preços de venda do cereal auxiliaram a assegurar uma receita bruta 2,7% acima do ano anterior. A margem bruta, porém, ficou 4,1% abaixo da média do ano anterior, mas ainda assim positiva.

Feijão

O Custo Operacional Efetivo do feijão primeira safra em Santa Catarina e no Paraná registrou aumento de 7% ante a média pesquisada para a safra anterior. Os fertilizantes foram responsáveis pela maior parte da alta, subindo 17,8% de uma safra para a outra.

A produtividade recuou 20,6% devido a problemas causados principalmente pelo clima. O preço médio de venda 38,7% acima da temporada anterior garantiu uma margem bruta positiva, e praticamente igual ao observado na última safra.

Arroz e Trigo

Ambas as culturas cultivadas principalmente no Sul do país tiveram ganhos consideráveis de produtividade. O arroz cultivado no Rio Grande do Sul registrou produtividade 5% superior ao ano anterior. Enquanto o trigo, no Paraná, teve um incremento de 19%.

O COE também subiu para os dois cultivos, com 34% de alta para o arroz e 23,7% para o trigo. Porém, os elevados preços médios de venda garantiram boas margens para as duas culturas, que apresentavam nível elevado de risco de cultivo. A boa safra deste ano dá um suporte adicional aos produtores e ameniza parte do prejuízo de safras passadas.

Café

Os painéis de levantamento de custos da cafeicultura foram realizados nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Rondônia, Paraná e São Paulo. O Custo Operacional Efetivo do tipo arábica teve aumento de 15% em relação ao levantamento realizado em 2020. Já o COE do conilon sofreu alta de 31,3% ante 2020.

O fertilizante foi o item que mais impactou no bolso do produtor, sendo 20,8% para o arábica e 34,2% para o conilon na média das regiões. Houve aumento de receita (preço de comercialização do produto no período x produção) de 54% do café arábica e 35,4% do café conilon.

A valorização das cotações do café foi resultado da menor oferta mundial (produção brasileira de bienalidade negativa + redução de produtividade) e problemas logísticos para escoamento da safra em países produtores. Para 2022 deve haver aumento ainda mais significativo nos custos com fertilizantes, podendo impactar negativamente na margem dos produtores.

Cana-de-açúcar

Apesar do clima adverso e da alta de custos, a atividade teve resultados positivos. A recuperação dos preços ocorreu ao longo do ano, sendo que a safra nordestina, iniciada em setembro de 2020, beneficiou-se menos das altas que o Centro-Sul, cuja safra começou em abril de 2021. Esse cenário favoreceu a obtenção de resultados econômicos positivos aos produtores.

Na região Nordeste (PE, PB e AL), houve aumento de 29% do Custo Operacional Efetivo, em relação ao levantamento realizado em 2020. Já na região Centro-Sul (GO, MT, MG, SP e PR), essa alta foi de 27%.

Fertilizante foi o item que mais impactou no bolso do produtor de cana. Na região Nordeste a alta foi de 163% e no Centro Sul 110%. Já os defensivos tiveram alta de 114% no Nordeste e de 43% no Centro-Sul.

Clima

Além dos insumos, o clima afetou algumas atividades agropecuárias. A estiagem no segundo semestre de 2020 e início de 2021 comprometeu o desenvolvimento da safra de café, cana, feijão. Especialmente a segunda safra de milho apresentou redução de 20,8% em comparação à safra anterior, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

No caso da pecuária, a produção de volumoso via pasto ou silagem também foi comprometida. Principalmente na região Sul do país, que sofre pelo segundo ano com os impactos do fenômeno climático La Niña.

Iniciativa

O Campo Futuro é uma iniciativa do Sistema CNA/Senar, em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), a Labor Rural (Universidade Federal de Viçosa – UFV), o Pecege (Esalq/USP) e o Centro de Inteligência de Mercados da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA).

Fotos: Wenderson Araújo/CNA

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Editora do portal A Granja Total Agro. Jornalista formada pela PUC-RS, com extensão em Estratégias de Marketing para Redes Sociais pela ESPM.

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