Atingindo R$ 3,19 por litro, o preço do leite captado em junho, pago aos produtores em julho, aumentou 19,1%, de acordo com informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Em comparação ao mesmo período do ano passado, o acréscimo é de 24,7%. Desde de janeiro, o leite no campo acumula valorização real de 42,7%, com esta sexta alta consecutiva.
Os ótimos números são consequência da queda na oferta registrada em junho e da disputa entre as indústrias de laticínios para superar a capacidade ociosa. Segundo pesquisa do Cepea, o leite spot, negociado entre os laticínios, se valorizou 20,8% na abertura da segunda quinzena de junho, chegando a R$ 4,16/litro.
A média mensal, de R$ 3,80/litro, ficou 26,2% maior que a registrada em maio. Diante do aumento no custo da matéria-prima e com estoques baixos, os preços dos derivados lácteos dispararam em junho.
Preço do leite pago ao produtor subiu, mas e os custos?
Além do milho e do farelo de soja, os preços do farelo de trigo dispararam no país. A expectativa é que sejam colhidas 24,8 milhões de toneladas de milho na primeira safra 2021/22 – 0,3% acima da produção na safra 2020/21.
Segundo o Índice Scot Consultoria de Custos de Produção da Atividade Leiteira, os gastos com a produção subiram 1,5% em junho. Pelo lado da alimentação, a valorização do dólar ante o Real e as preocupações no mercado internacional sustentaram as cotações do milho e elevaram as do farelo de soja em junho.
As cotações do milho caíram em maio. O recuo do dólar, na segunda quinzena, o incremento da oferta e início da colheita da segunda safra no Brasil pressionaram os preços.
Em Campinas-SP, os preços recuaram 4,3% no acumulado do mês. Segundo levantamento da Scot Consultoria, a referência, na região, está em R$90,00 por saca de 60 quilos (30/5).
Com informações de Edairy News e coluna Sala de Ordenha, da Revista AG.