O mercado de boi gordo registrou uma semana de preços sustentados, de estáveis a mais altos, nas principais praças de comercialização do Brasil.
De acordo com o analista de Safras & Mercados Fernando Iglesias, em alguns estados, como São Paulo, a semana foi marcada por alguns negócios acima da referência média, onde as escalas de abates permanecem encurtadas.
Iglesias sinaliza que as condições para alta nos preços da arroba ainda são favoráveis, considerando o atual quadro de oferta, somado ao forte ritmo de embarques, com volumes impressionantes de carne bovina exportada ao longo de junho.
Cotações médias
Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 4 de julho:
* São Paulo (capital) – R$ 228,00 a arroba, estável frente à semana passada.
* Goiás (Goiânia) – R$ 215,00 a arroba, inalterado frente ao fechamento da última semana.
* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 215,00 a arroba, alta de 2,38% frente aos R$ 210,00 praticados na semana passada.
* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 215,00 a arroba, inalterado frente ao encerramento da semana anterior.
* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 211,00 a arroba, aumento de 0,48% frente aos R$ 210,00 praticados no encerramento da última semana.
* Rondônia (Vilhena) – R$ 183,00 a arroba, estável frente à última semana.
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Atacado com preços firmes
Iglesias destaca que o mercado atacadista apresentou preços firmes ao longo da semana e o ambiente de negócios ainda sugere movimentos de alta no curto prazo, considerando os efeitos da entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo.
Ele acrescenta que a carne bovina mantém excelente competitividade na comparação com as proteínas concorrentes, em particular se comparada a carne de frango.
O quarto traseiro do boi se manteve em R$ 17,00 por quilo. O quarto dianteiro do boi avançou de R$ 12,50 para R$ 13,00 por quilo.
Exportações aquecidas
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 860,110 milhões em junho (20 dias úteis), com média diária de US$ 43,005 milhões.
A quantidade total exportada pelo país chegou a 192,571 mil toneladas, com média diária de 9,628 mil toneladas.
O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.466,50.
Em relação a junho de 2023, houve baixa de 11,7% no valor médio diário da exportação, perda de 0,1% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 11,6% no preço médio.
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Fonte: Safras & Mercado