O mercado brasileiro de milho evoluiu pouco em termos de negócios, mas os preços avançaram ainda mais em meio à procura mais intensa por parte dos consumidores.
De acordo com a Safras Consultoria, a menor fixação de oferta pelos produtores prevaleceu, em meio às especulações quanto ao clima previsto para as próximas semanas no Brasil
O fator cambial, com a desvalorização do real frente ao dólar, também contribuiu para uma elevação da paridade de preços para exportação nos portos.
Mais sobre o mercado do cereal em Comercialização da safrinha de milho mais lenta que historicamente
O ponto de atenção do mercado está na confirmação ou não, de melhores volumes de chuvas pelo país nas próximas semanas, o que possibilitaria o início do plantio de verão em estados do Sudeste e do Centro-Oeste.
No cenário internacional, a semana passada foi marcada por grande volatilidade, com o avanço da oferta nos Estados Unidos trazendo pressão por um lado e com a expectativa de corte nos números de produção e de estoques de passagem do país, atuando como fatores de alta para as cotações.
Preços internos
O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 65,91 em 10 de outubro, alta de 1,80% frente aos R$ 64,75 registrados na semana anterior.
No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel/PR foi cotado a R$ 65, alta de 1,56% frente aos R$ 64 praticados no encerramento da semana anterior.
Em Campinas/CIF, a cotação subiu 2,86% na semana passada, de R$ 70 para R$ 72.
Na região da Mogiana Paulista, o cereal passou de R$ 66 para R$ 70, avanço 6,06%.
Em Rondonópolis/MT, a cotação da saca aumentou 3,45%, de R$ 58,00 por saca para R$ 60 na semana.
Em Erechim/RS, o preço avançou 1,41% ao longo de setembro, passando de R$ 71 para R$ 72 a saca.
Em Uberlândia/MG, o preço na venda para a saca baixou 1,54%, de R$ 65 para R$ 64.
Em Rio Verde/GO, a saca foi cotada a R$ 60 na venda, valor inalterado frente à semana passada.
Exportações inferiores
As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 210,517 milhões em outubro (4 dias úteis), com média diária de US$ 52,629 milhões.
A quantidade exportada foi de 1,093 milhão de toneladas, com média de 273,397 mil toneladas.
O preço médio da tonelada ficou em US$ 192,50.
Em relação a outubro de 2023, houve baixa de 41,9% no valor médio diário da exportação, queda de 32% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 14,5% no preço médio.
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Fonte: Safras & Mercado