O Brasil tem, hoje, 50 milhões de hectares de agricultura sob plantio direto. Isso, além de preservar o solo, porque não o revolve, e preservar a sua umidade, mantém o carbono aprisionado dentro do solo. E o carbono está associado às questões de mudanças climáticas.
A afirmação é do presidente da Embrapa, Celso Moretti. Ele argumenta sobre o quanto a agropecuária brasileira é empreendida com respeito ao meio ambiente, em entrevista exclusiva à edição de janeiro d’A Granja, comemorativa ao 77º aniversário da revista.
Agroambiental
A edição especial foi dedicada ao tema “Brasil, potência agroambiental”, com a abordagem de diversas iniciativas que retratam a dimensão da preservação ambiental praticada em lavouras e pastagens.
Além do sistema plantio direto, o dirigente destacou a importância da fixação biológica de nitrogênio (FBN) na preservação ambiental nas lavouras. “Na década de 1990, a doutora Johanna Döbereine – pesquisadora da Embrapa – juntamente com sua equipe, descobriu uma bactéria chamada rhizobium, que captura o nitrogênio da atmosfera e o entrega para a planta de soja”, destacou. Segundo ele: em 2020, foram plantados 37 milhões de hectares de soja sem necessidade de se aplicar um grama de adubo nitrogenado.
Integração lavoura-pecuária-floresta
Moretti mencionou, ainda, a relevância da integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). “Dos 17 milhões de hectares no Brasil em sistema ILPF, 85% – mais ou menos 15 milhões de hectares – são em sistema ILP e uns 2 milhões de hectares com o componente florestal”, ressaltou.
Então esses três exemplos mostram que o Brasil produz alimentos e bioenergia, alimenta, hoje, 900 milhões de pessoas em todo o globo e faz isso de forma sustentável, e acho que isso impressiona o mundo.
Você pode ler a entrevista na íntegra clicando aqui.
