As instituições Imea, no Mato Grosso, Deral, no Paraná, e Emater, no Rio Grande do Sul, reduziram a expectativa da área de plantio do milho 2024.As instituições reduziram área e produção de milho para a próxima safra.
No geral, a produção potencial de milho de verão pode ser de 3 milhões a 4 milhões de toneladas menor, e a safrinha pode ser reduzida em mais de 10 milhões de toneladas
.A curva na bolsa B3 já reflete esse cenário.
O maior risco está associado a outubro.
Se as chuvas não se estabilizarem, haverá atrasos no plantio da soja e, consequentemente, no plantio do milho safrinha.
Isso provavelmente levará mais produtores a reduzir seus investimentos.
No Rio Grande do Sul a área plantada já alcança 20% do previsto, segundo a Emater.
A lembrar que o estado tem sido afetado intensamente por chuvas, que devem estar no radar do avanço do plantio.
E a colheita da safrinha vai chegando ao fim com expectativa de produção de 105 milhões a 109 milhões de toneladas.
Chicago
Diante das circunstâncias, as cotações de Chicago finalizaram a semana passada cotadas a US$ 4,68 o bushel (-0,65%) para o contrato com vencimento em setembro/23.
E o mercado físico brasileiro teve uma semana dividida entre as regiões do país, sem consenso. Ainda pressionado pela boa produção brasileira.
Embarques
De acordo com a Anec, antecipando números do Secex, o embarque de milho pode alcançar 9,6 milhões de toneladas neste mês.
Por outro lado, com 50 milhões de toneladas de milho para exportar até janeiro, os números de embarque estão muito aquém.
Isso levanta questões importantes sobre a capacidade portuária de exportar esse total.
E os prêmios tendem a ser impactados por esse cenário.
Veja mais em Milho: plantio da safra 2023/34 está avançado
Bolsa chinesa
Os contratos futuros na Bolsa de Dalian, China, registraram ganhos pela terceira semana consecutiva, com um aumento de 1,6% duas semanas atrás e um aumento adicional de 1,7% na semana passada.
Paralelamente, no mercado físico, os preços do milho também continuam a subir.
Tradicionalmente, nessa época, os preços do milho na China deveriam estar em queda, refletindo a entrada da nova safra.
No entanto, os produtores estão retendo seus estoques de milho, e a qualidade da próxima safra permanece como uma grande incógnita.
O milho da China está ficando mais caro conforme o produtor chinês segura o cereal por conta das altas umidades.
Se esse cenário vier a progredir, as compras do milho brasileiro poderão aumentar por parte dos chineses.
Cotações estáveis
A espera do relatório do USDA e com ainda muito produto a ser negociado no mercado interno, nada tende a gerar fortes influências nas cotações domésticas.
Assim, as cotações futuras podem ter uma semana de alta.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br