Uma parceria entre o Irga e a empresa Base Agro vai elaborar uma cartilha sobre o uso correto de drones nas operações de pulverização de lavouras de arroz.
“A grande vantagem do drone agrícola é que se consegue fazer em áreas em momentos onde o trator não entra, como após a chuva. E, realmente, o drone não faz amassamento, não compacta o solo”, destaca o CEO da Base Agro, Leonardo Hank, em entrevista ao programa A Granja na TV, veiculado pela Ulbra TV de segunda-feira, 3.
O executivo esclarece que a venda dos drones está acelerada, mas os usuários não têm recebido a preparação adequada para aprender sobre os efeitos de sua utilização a campo.
Podem aprender a manejar o equipamento, em eventos de capacitação de um, dois dias, mas não são orientados sobre umidade do ar, velocidade do vento, problemas de deriva e assim por diante.
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“O drone é uma ferramenta que é muito interessante, que funciona, mas ele precisa de um processo”, lembra.
“Mas eu preciso dominar o clima, saber a umidade relativa do ar, saber de diversos dados para poder gerenciar o voo”, continua.
“O grande problema é que as pessoas estão comprando o equipamento e pensam que já estão capacitadas para fazer esse serviço, e não é bem assim”, adverte.
“O voo do drone não é simplesmente decolar e sair pulverizando. Porque se não for feito da maneira correta, ele pode prejudicar a lavoura de quem está aplicando e a lavoura do vizinho por causa das derivas”.
“Não é ‘vou comprar um drone, vou colocar um defensivo agrícola e sair pulverizando’”, alerta.
Vantagens
São muitas as vantagens dos drones na operação de pulverização ante a promovida com pulverizadores tratorizados.
“Tem muito mais precisão. Literalmente é uma ferramenta da agricultura de precisão”, destaca Hank.
No agro os aparelhos têm ao menos 3 metros de envergadura e carregam de 20 a 100 quilos de produto.
Voam a alturas de três a quatro metros, consome 10% da água do trator, algo como 1 mil litros de água para mil hectares.
Também exigem menos combustível e produzem menos poluição.
Além disso, em comparação a outros cultivos, seu uso é facilitado para lavouras de arroz pelos terrenos planos.
Cartilha
A proposta da parceria com o Irga é elaborar uma cartilha, “uma literatura para se basear como fazer este processo de pulverização nas lavouras de arroz”, define Hank.
“Parceria para desenvolver esta literatura para que todos as pulverizações por drone consigam ter um norte, ‘olha, fazer deste jeito’… padronizar a pulverização do arroz. Para quê? Para que não tenhamos problema de deriva, de fazer nada de errado que prejudique tanto a lavoura de quem está aplicando como a do vizinho”, detalha.
Segundo ele, a ideia é que a cartilha esteja pronta para ser aplicada por volta de outubro, ou seja, para esta safra 2024/25.
Veja a entrevista completa no link abaixo. Assim como mais informações sobre o agro no programa A Granja na TV, da Ulbra TV, edição de segunda-feira, dia 3 de setembro (Canal 48.1 TV Digital e 521 da NET Porto Alegre)