A importância da rastreabilidade para o segmento bovino e, sobretudo, para o próprio criador, foi um dos assuntos da entrevista do presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul (Fundesa), Rogério Kerber, ao programa A Granja na TV, da Ulbra TV, apresentado diretamente da Expointer.
“A discussão sobre a adoção da rastreabilidade no Rio Grande do Sul remonta a 2011, quando o Fundesa fez, a pedido da cadeia, um alinhamento estratégico relacionado aos principais pontos ou desafios da atividade. E a rastreabilidade surgiu como um dos pontos relevantes”, lembrou o dirigente.
“Entretanto, a dificuldade de conduzir este processo dentro da cadeia bovina (à época), que também discutia a questão da suspensão da vacina da febre aftosa, ganhou notoriedade a discussão pela retirada da vacina”, complementou.
Ele lembra que quando as missões internacionais visitam o Rio Grande do Sul elas têm pautado o assunto, dizendo “implante a rastreabilidade e nos informe”.
Primeiro benefício é o mercado
Kerber afirma que a rastreabilidade antes de mais nada é uma questão de garantia de mercado.
“Esta é uma discussão que, sem dúvida nenhuma, tem uma dificuldade de fazer este convencimento ou o produtor perceber esta condição de mercado diferenciado”, explica.
Porém, esclarece, a partir da rastreabilidade o criador pode usufruir de vantagens como ter melhor controle sobre o próprio sistema produtivo.
Mais sobre a pecuária na feira em Touro mais pesado Devon é também o Grande Campeão da raça da Expointer
“Mas insisto, e é relevante esta questão, que junto com o sistema de identificação individual de bovinos, dentro de um sistema de controle e análise dos dados, o produtor pode, sem dúvidas nenhuma, tirar outras vantagens da gestão do seu rebanho, da sua produção, sabendo data, ganho de peso, eficiência alimentar, avaliação da sua genética”, argumenta.
“E isto o sistema de rastreabilidade pode oferecer desde que seja configurado a responder determinados requisito”.
“É a posição inclusive que o Fundesa sugere seja contemplado no início deste programa”, complementa.
Segundo ele, a coleta de dados de cada estado permite fazer a conexão com o sistema nacional das informações, “o mínimo necessário”.
“Mas pode ter outras funcionalidades que o produtor venha a ser beneficiado”
“O produtor tem que perceber que buscar aquelas informações lhe são favoráveis no sentido de gerenciar a propriedade dele”, adverte.
“Isso é importante e, certamente, a pecuária de corte vai obter resultados positivos em pouco tempo passa a ter dados, ter referências de informações que hoje não estão disponíveis”.
A entrevista na íntegra pode ser acessada no link abaixo.