Até esta quarta (5), 123 municípios gaúchos decretaram situação de emergência. Destes, 15 já tiveram a situação homologada pelo estado e 11, reconhecida pelo governo federal. As principais regiões atingidas pelos efeitos do La Niña são Norte e Nordeste.
Ações
O governador Eduardo Leite reuniu-se, com a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti nesta quarta-feira. Eles definiram ações para mitigar os efeitos da estiagem, visando ao aumento da oferta de alimentos para o rebanho.
“Estamos atentos à situação dos municípios e unindo esforços, com atuação de várias secretarias, para prestar atendimento aos produtores. Temos muito respeito e admiração pelos nossos empreendedores rurais, que precisam lidar com esse tipo de intempérie, seja a ausência ou o excesso de chuva.”
Eduardo Leite
Dentre as ações, haverá ampliação do programa Sementes Forrageiras, cujo prazo para manifestação de interesse foi prorrogado até 15 de janeiro pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).
Troca-troca e Avançar
O Estado também ampliará o subsídio para o programa Troca-Troca de Semente de Milho da safra 2021/2022 aos produtores que estão em municípios que decretaram situação de emergência. O detalhamento do repasse dos valores ainda será discutido entre a Seapdr e a Secretaria da Fazenda (Sefaz).
No começo de dezembro, o governo gaúcho anunciou o programa Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural, com aporte de R$ 275,9 milhões. É o dobro do que já foi investido no setor nos últimos dez anos.
Para a qualificação da irrigação, serão investidos R$ 201,42 milhões. Há, ainda, previsão de investimentos no fortalecimento da agricultura familiar (R$ 35,34 milhões) e melhorias nos acessos às propriedades para facilitar o escoamento da produção agropecuária (R$ 39,15 milhões). Os recursos para irrigação devem ser liberados em breve.
Condições
O governador solicitou à Seapdr que estude as condições pelas quais o Estado poderia subsidiar as taxas de juros nas linhas de crédito rural, contratadas pelos produtores de leite, muito impactados pela falta de chuva. Levantamento da Emater/RS-Ascar apontou que 1,6 milhão de litros de leite estão deixando de ser captados por dia no Estado.
Por fim, a Defesa Civil está encarregada de elaborar uma estratégia para disponibilizar caminhões-pipa. Estes devem transportar água, especialmente para o consumo humano e de animais.