As exportações do agronegócio gaúcho somaram US$ 4,5 bilhões no terceiro trimestre, redução de 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
Segmentos como tabaco e produtos florestais aumentaram os embarques, mas as vendas de carnes, do complexo soja e de cereais, farinhas e preparações colaboraram para a redução.
E em outubro as exportações de carne de frango in natura e processada do Rio Grande do Sul caíram 2,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
Foram exportadas no mês 56 mil toneladas contra 57,6 mil em outubro de 2023.
O cenário ainda reflete do caso isolado da doença de Newcastle no município de Anta Gorda, em julho.
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, avaliou com exclusividade ao programa A Granja na TV, da Ulbra TV, de sexta-feira, 29, a redução dos embarques gaúchos da carne de frango.
Conforme ele, as exportações brasileiras fecharam os primeiros 10 meses do ano positivas tanto para aves como para suínos.
São 10% de crescimento para suínos e 2% de expansão em aves.
Redução gaúcha
“O Rio Grande Rio Grande do Sul apesar de todas as dificuldades de enchentes e depois da doença de Newcastle, não que cresça, mas a queda das exportações gaúchas é, inclusive, muito menor do que esperado, mostrando resiliência da avicultura e da suinocultura, que mantiveram as exportações, mesmo em todas estas adversidades que relatei”, destacou Santin.
Perspectivas para 2025
Segundo o dirigente, as perspectivas para os dois segmentos é que o próximo ano seja de crescimento para o Brasil, assim como para o Rio Grande do Sul.
“Eles devem crescer um pouco menos na produção de aves e também de suínos, uma produção mais conservadora, algo como 1% por aí. Estamos fechando os números”, revelou.
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E as exportações também deverão continuar em expansão.
“Especialmente no caso das aves, o nosso maior concorrente, os Estados Unidos, (as perspectivas são que) caiam as suas exportações neste ano na casa de 10%. Isso já dá um prognóstico de que o Brasil deverá também ser chamado, inclusive, para complementar essa ausência do principal concorrente no mercado mundial”, projetou.
O Brasil exporta mais que os dois demais maiores exportadores em frango.
“A soma do segundo e do terceiro lugares dos maiores exportadores de frango do mundo não faz o tanto que o Brasil faz”, ressaltou o dirigente.
“E lembrando que o segundo e o terceiro são Estados Unidos e Europa, dois grandes players globais, mas aqui juntos não chegam mais de 5.300.000 toneladas que nós devemos chegar neste ano nas exportações de aves para mais de 150 países”.
A entrevista completa de Ricardo Santin, assim como o programa na íntegra e mais informações sobre o agro gaúcho e brasileiro na edição de A Granja na TV de sexta-feira, 29 de novembro (Canal 48.1 TV Digital e 521 da NET Porto Alegre)