A comercialização da safra brasileira de café de 2022/23 alcançou 29% da produção, até 12 de abril, ante 28% no mês anterior. Foi o que apurou o levantamento mensal de Safras & Mercado. Em igual período do ano passado, era de 31% da safra. Mas o fluxo de vendas está acima da média dos últimos anos para o período, de 22%.
Assim, já foram negociadas 17,97 milhões de sacas de uma produção estimada em 2022/23 por Safras & Mercado de 17,97 milhões de sacas.
Ritmo arrefeceu
Segundo o consultor de Safras & Mercado Gil Barabach, depois de um início de vendas bem acelerado, o ritmo da comercialização caiu bastante. Permitindo, inclusive, que o comprometimento atual caísse abaixo de igual época do ano passado, quando as vendas estavam em 31%.
As vendas de arábica alcançam 34% do potencial produtivo. As ideias da safra 2022 oscilaram muito ao longo do ciclo produtivo, o que dificultou a estratégia de venda antecipada. Em igual período do ano passado as vendas estavam em 38% e a média dos últimos 3 anos gira em torno de 26%.
2021/2022
Já a comercialização da safra 2021/22, até dia 12, atingia 92% da produção, contra 89% do mês anterior. O percentual de vendas é superior a igual período do ano passado, em 90%. E bem acima da média dos últimos anos para o período, de 88%.
Assim, já foram negociadas 51,76 milhões de sacas de uma produção estimada em 2021/22 por SAFRAS & Mercado de 56,5 milhões de sacas. Segundo Barabach, o ritmo da comercialização no mercado físico disponível de café segue arrastado.
Ele destaca que os produtores, bem capitalizados, seguem na defensiva, apostando no inverno brasileiro. No outro lado, o comprador mostra pouco interesse, trabalhando da mão para boca.
Fonte: Safras & Mercado