As estimativas da Epagri/Cepa indicam um aumento de 34% na safra catarinense de trigo deste ano em relação ao ano passado.
A estimativa se baseia na área plantada de 137,6 mil hectares.
Contudo, as geadas tardias, chuvas intensas e falta de luminosidade podem comprometer a produtividade e a qualidade do grão.
Até a última semana de setembro, apenas 2,6% da área destinada ao cultivo do cereal em Santa Catarina havia sido colhida, e já apresentava sinais da influência do clima.
O excesso de chuvas tem comprometido as operações de colheita, que devem se intensificar a partir da segunda quinzena de outubro, se as condições climáticas colaborarem.
As cotações do trigo no mercado catarinense recuaram novamente em setembro. O preço médio mensal ficou em R$ 95,46 a saca, variação de -9,8%. E o mercado nacional segue em ritmo calmo, com negociações pontuais. As baixas cotações são reflexo da expectativa de uma grande safra nacional.
Arroz
A estimativa inicial da safra catarinense de arroz aponta para estabilidade da área, em torno de 147 mil hectares. E leve retração da produtividade, visto que no último ciclo a produtividade ficou acima da média.
Até o momento, 82% da área estimada de arroz para o estado já foi semeada e 99,17% estão em condição ótima de lavoura.
Os preços do arroz em casca em Santa Catarina apresentaram tendência de estabilidade entre setembro e a primeira quinzena de outubro.
Comparativamente a agosto, o preço médio de setembro em Santa Catarina foi 0,24% menor, fechando em R$ 70,42 a saca de 50 quilos.
Feijão
A estimativa atual para a primeira safra catarinense 2022/23 de feijão aponta que a área plantada deverá cair cerca de 4%, reflexo do aumento nos custos de produção e da redução das cotações do produto nos últimos meses.
As operações de plantio já iniciaram nas regiões mais quentes e de menor altitude. Até a última semana de setembro cerca de 20% da área destinada ao plantio de feijão primeira safra no Estado já havia sido plantada.
O preço médio do feijão-carioca voltou a cair em setembro no mercado catarinense, recuando 1,03% em relação a agosto, fechando a média mensal em R$ 253,80 a saca. Para o feijão-preto, os preços se mantiveram estáveis, fechando a média mensal em R$ 180,85.
Milho
O início da safra catarinense de milho apresenta alguns problemas em função das constantes chuvas na primeira quinzena de outubro. Algumas áreas terão que ser semeadas novamente.
Após recuos sucessivos desde março, os preços do milho ao produtor catarinense apresentaram recuperação de 1,54% em setembro. Os fatores de alta prevalecem até o início de outubro.
Soja
As cotações da soja ao produtor catarinense tiveram um leve aumento em setembro, mantendo-se praticamente estáveis até o início de outubro. Os valores vinham reduzindo desde o início do ano, até atingir a mínima de R$ 173,43 a saca em agosto.
Fonte: Epagri/Cepa