Neste ano em quase todos os meses renovamos a notícia de recorde da exportação de carne bovina.
Com isso, o primeiro semestre fechou com um excelente desempenho.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a exportação de carne bovina in natura foi de 1,1 milhão de toneladas na primeira metade do ano.
Isso representa um aumento de 29,1% em volume em relação a igual período de 2023.
Ou seja, foi o maior volume para um primeiro semestre desde 1997. Veja a figura 1.
Figura 1
Destino China
A China é o principal destino.
Até junho, os chineses compraram 59,5% da carne exportada.
Na sequência aparecem os Emirados Árabes Unidos, com 9,8% de participação e os Estados Unidos, com 7,1%.
Segundo semestre
Nos últimos 27 anos (de 1997 a 2023), em 23 deles o volume exportado de carne bovina in natura foi maior no segundo semestre comparado com a primeira metade do ano.
O volume embarcado no segundo semestre foi, em média, 23% maior que no primeiro semestre.
Nos últimos dez anos, em apenas um (2016), o volume exportado foi menor nos últimos seis meses do ano.
Pelo histórico e pelos números de janeiro a junho deste ano, a expectativa é que os embarques continuem em ascensão daqui para frente.
Em julho, a exportação de carne bovina in natura está com bom desempenho.
Até a segunda semana foram embarcadas 109,6 mil toneladas, com uma média diária de 10,9 mil toneladas, superando o desempenho médio diário de julho de 2023 em 43,1%.
Mercado interno
Além das exportações maiores, costuma-se observar uma demanda melhor no mercado interno no período analisado.
No último trimestre do ano tem-se as contratações temporárias e o recebimento do décimo terceiro salário, fatores que estimulam o consumo de carne.
Além disso, este ano têm as eleições municipais, que trazem um adicional de dinheiro ao mercado.
Por fim, a expectativa para o segundo semestre é de bons volumes exportados, justificado pela sazonalidade histórica e amparada pela política cambial vigente.
Fonte: Alcides Torres e Juliana Pila, Scot Consultoria