Simulador de chuva para obter indicadores relacionados à erosão. Este é o foco de um subprojeto da Rede de AgroPesquisa e Formação Aplicada Paraná (Rede AgroParaná). O equipamento abrange 12 pequenas parcelas nas quais há diferentes sistemas de cultivo.
O objetivo é submeter as áreas às mesmas condições de “chuva”. Assim, é possível dimensionar as diferenças dos efeitos erosivos em cada modalidade de se trabalhar com a terra.
O estudo é realizado em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Localiza-se nas dependências da Fazenda-Escola da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
Experimento
A instalação das parcelas para estudo ocorreu em dezembro de 2019, com a plantação dos primeiros cultivos do experimento em 2020. Os locais delimitados são constituídos por diferentes manejos em Sistema de Plantio Direto (SPD). Além disso, tem um tratamento adicional, com o solo totalmente descoberto. É feito sem cultivo e preparado com arado e grade duas vezes ao ano.
Também usado no plantio direto com rotação de culturas alternando milho e soja no verão. Já no inverno: de trigo e aveia ou consórcio de plantas de cobertura; plantio direto com sucessão de culturas na sequência soja/trigo. Ainda no plantio direto com sucessão de culturas na sequência soja/trigo com escarificação esporádica do solo.
Controle
A chuva simulada possibilita aplicar um controle de quantidade e intensidade d’água. Quem explica isso é o pesquisador Eduardo Augusto Agnellos Barbosa, do Departamento de Ciências do Solo e Engenharia Agrícola da UEPG.
O simulador de chuva tem 10 “braços” rotativos, cada um com 7,5 metros de comprimento. Com um total de 30 bicos pelos quais saem a água, os canos são distribuídos de forma helicoidal. Formando o que os pesquisadores chamam de “espiral concêntrica”.
Graças a um conjunto de quatro rodas, o equipamento pode circular pelas parcelas. E, assim, distribuir as chuvas simuladas de forma igualitária.
Além disso, a água converge em uma calha, para que o escoamento possa ser coletado. O que também possibilita a conferência da concentração de sedimentos e perdas de nutrientes.
Fonte: SENAR