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Home»Entrevista»Sistema Antecipe é pauta do Coffee Break
Entrevista Atualização:19/10/2021

Sistema Antecipe é pauta do Coffee Break

Carla SantosPublicado por Carla Santos11/10/2021Atualização:19/10/2021Nenhum comentário9 Min de Leitura

Um sistema inédito de produção de grãos promete incrementar ainda mais a produção da soja e do milho safrinha. Este é o Antecipe, desenvolvido pela Embrapa Milho e Sorgo. É um método de cultivo intercalar, que possibilita a redução dos riscos causados pelas incertezas do clima durante a segunda safra. Resultado de 13 anos de pesquisas, a tecnologia é composta por três pilares: um sistema inédito de produção de grãos, uma semeadora-adubadora exclusiva e um aplicativo para auxiliar o produtor a tomar as melhores decisões. O pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Emerson Borghi fala sobre esta pauta no Coffee Break, ao editor da Revista A Granja, Leandro Mitmann.

O que seria o Sistema Antecipe?

O Sistema Antecipe é o cultivo intercalado antecipado de milho nas entrelinhas da soja. Antes da colheita da cultura da oleaginosa. Então, nada mais é do que você fazer a semeadura, no caso, do milho. Entretanto, hoje estamos pesquisando outras culturas de forma mecanizada nas entrelinhas da soja. O cultivo intercalado antecipado difere da sobressemeadura, como já é bastante disseminado em outros locais do Brasil. Nesta, você faz a semeadura a lanço. Então, existe um equipamento específico para fazer essa semeadura antes da colheita da soja a lanço. O Antecipe difere da sobressemeadura justamente porque usa uma máquina específica para fazer esse plantio antecipado.

Fala um pouco mais sobre essa máquina:

Começamos a desenvolver a máquina aqui na Embrapa Milho e Sorgo em 2010. Nós somos uma instituição pública. Então, temos que brincar um pouco de “Professor Pardal”. De duas máquinas, conseguimos fazer uma. E, a partir de 2010 até 2019, aprimoramos a tecnologia do cultivo e a semeadora. O nosso protótipo surgiu depois da etapa da qualificação da tecnologia. Vimos que não existia semeadora adubadora que fizesse o plantio do milho na entrelinha da soja. Então, tivemos de fazer esta etapa para sugerir uma patente. Hoje a gente tem o registro de patente da semeadora adubadora. Em 2019, estivemos em contato com uma empresa privada 100% brasileira que topou esse desafio de fazer a máquina em escala industrial. Desde o início de 2020, já tem a máquina industrial no campo com as adaptações que fizemos em conjunto. Por exemplo: no nosso protótipo, todo mecanismo de distribuição de semente e adubo é corrente. Na máquina nova, todo o sistema é elétrico. Não há correntes, não há nada que impeça o desempenho da máquina ou que provoque perda na soja. Desenvolvemos esse mecanismo, criamos – para cada linha semeadora da máquina – protetores laterais. Em termos práticos, é como o protetor de pneu de um pulverizador, por exemplo. Com a diferença de que os protetores têm um ângulo de ataque que foi calculado para movimentar a soja, e não derrubá-la. Cada linha da semeadora tem 38 centímetros de largura. Então, hoje eu consigo trabalhar com uma soja de 45 centímetros. Claro que há algumas especificações para isso, mas ela consegue trabalhar. E nós fizemos outras adaptações que ainda não podemos comentar em razão do pedido de patente. Mas, em suma, erguemos a máquina, diminuímos o espaçamento entrelinhas e criamos esses protetores. Agora, um ponto muito importante que eu gostaria de deixar aqui é o seguinte: é aquela brincadeira, não tentem fazer isso em casa. Alguns produtores estão nos perguntando se conseguem fazer isso no barracão deles. Não vai dar certo. Porque, à medida que você aumenta o centro de gravidade, deve recalcular a queda de adubo e de semente. Vários cálculos foram feitos para que a máquina chegasse nessa configuração. Tem produtor que vai querer fazer. Muitas vezes, não vai dar certo e vai querer culpar a tecnologia. Na verdade, é o ajuste na máquina que é o mais importante.

Explica como funciona a fase de colheita da soja:

Como a gente tem esse intervalo de 20 dias antes da colheita para conseguir semear o milho, ele não pode estar em diferentes estágios de desenvolvimento. A maioria das regiões do milho vai estar entre V2 e V4. Então, ótimo, a gente já sabe que o ponto de crescimento está abaixo da superfície do solo. A colheita da soja não muda, é a mesma colhedora que vai trabalhar na mesma velocidade. Será a mesma operação, como se o milho não estivesse lá. Então, não existe limitações para a colheita mecanizada da soja. Bom, corta toda a área foliar da planta. Existem situações em que algumas folhas são protegidas, ou são resguardadas e não serão cortadas. Mas, para isso, o produtor terá que escolher o cultivar de soja com a altura de inserção da primeira vagem mais alta. Então, a plataforma de corte vai trabalhar mais alto e se perde menos área foliar do milho. Mas, nessas situações, o milho continua seu crescimento porque não fez dano ao ponto de crescimento. Então, não existe limitação. Você pode trabalhar com colhedora com um pneu, com um pneu duplado, porque o milho, nessa fase, 90% daquela planta é água. Então ela tem esse movimento plástico. O pneu vai passar por cima da planta e ela vai ter essa capacidade de voltar à sua posição original e continuar seu crescimento. O pessoal fala “mas isso é impossível”. Seria impossível se a máquina estacionasse em cima da área e ficasse parada sobre a planta. Mas ela se desloca. Ou seja, uma colhedora trabalhando a 5 km/h fica menos de 5 segundos em cima da planta. O movimento passa e vai embora. Isso é outra vantagem da tecnologia. Eu não preciso fazer adaptações da colhedora. O milho reduz sua área foliar, mas ele continua seu crescimento.

Tem que ter um cuidado extra com a escolha da soja e do milho?

Excelente pergunta. O planejamento do Antecipe não começa na hora em que vou plantar o milho no meio da soja, tenho que começá-lo na soja. Algumas características são extremamente importantes. Uma delas é justamente o que você comentou: a escolha da cultivar. Então, a gente pode escolher tanto cultivares de ciclo precoce como semiprecoce, hábito determinado ou indeterminado, e a gente opta por cultivares que atinjam até no máximo 1,20m de altura, que tenham inserção da primeira vagem acima de 10cm, que não tenham essa capacidade de ramificação excessiva para as entrelinhas. Pois existem cultivares no mercado que apresentam como diferencial a ramificação. Isso não limita o Antecipe, porque o protetor em cada semeadura já empurra as ramificações para as laterais. Mas é recomendado que, ao escolher essas cultivares de ramificação, o produtor adote muito bem o estande de plantas. Porque uma coisa é a ramificação por falha. Se eu tiver falha entre uma planta e outra, essa ramificação excessiva vai para o sentido da entrelinha. Ou se ele aperta demais o estande, a tendência é ramificar para os lados. Então, escolher uma cultivar que tenha um porte mais ereto, que permita você transitar uma velocidade de trabalho compatível para plantar o milho é muito desejado. Outro fator muito importante é o trator, que é tão importante quanto a semeadora. Então o trator que vai trabalhar acoplado na máquina tem que ter o rodado dianteiro ou traseiro que permita transitar entre a soja. Se a soja está a 50 centímetros, eu tenho que usar um pneu que permita transitar sem causar amassamento da soja. Muitas vezes, o amassamento da planta ocorre por causa do pneu, não da semeadora. O produtor tem que olhar o vão livre vertical, ou seja, a altura do trator do ponto mais baixo até o solo, e tem que ser no mínimo 40 centímetros de altura. Não usar o trator que tenha 40 ou menos centímetros de altura. Porque vai conseguir pegar no centro da soja, vai fazer esse movimento de ir e voltar. Outros pontos importantes: tem muito produtor que gosta de fazer o arremate de talhão, que – em muitas regiões – o pessoal chama de “varanda”. O plantio cruzado no final do talhão. Se for plantar o Antecipe, você pode fazer isso. Mas se você tiver um corte automático de seção na sua semeadora de verão, porque assim não causa o amassamento de muitas plantas de soja. Se você não tiver, o recomendado é que não faça essa varanda porque a máquina vai transitar no meio da soja. E, quanto mais plantas amassadas, mais assustado o produtor fica com a tecnologia. Então, não há uma limitação para esse pichamento, mas é aconselhado que você reduza dependendo do talhão que vai fazer.

O que significa “antecipar o plantio do milho em 20 dias”?

O Antecipe não veio pra substituir o cultivo do milho segunda safra no Brasil. Tem muita gente que tá perguntando sobre isso, mas esse é o posicionamento da Embrapa. Então, como a gente recomenda o Antecipe: o zoneamento agrícola de risco climático hoje é uma ferramenta organizada pelo Ministério da Agricultura e disponível aos produtores para cada município e cada cultura. Quais são as janelas que existem: 20%, 30% e 40% – 20 é baixo, 30 é médio e 40 é alto. Então, o produtor pode procurar essa informação para o seu município para o milho segunda safra e tipo de solo que vem do talhão onde vai fazer, e lá vai determinar a época com baixo, médio e alto risco. O Antecipe vai trabalhar nos riscos alto e médio. Então, aquele produtor que está vendo, por exemplo, na região de Rio Verde, que depois do dia 10 de fevereiro o risco aumenta para 40%, aquele milho será semeado após essa data é o que eu vou trazer para até 20 dias antes da colheita da soja. Então, eu tiro ele de uma zona de alto risco e trago para uma de médio ou baixo risco. O produtor que vai plantar dentro da janela de baixo risco não precisa fazer o Antecipe. Ele pode colher a soja no momento certo, pode plantar o milho, que o milho dele será muito produtivo. Agora, aquele milho que sempre está perdendo produtividade pelo atraso, vai conseguir antecipar. Ele vai aumentar sua produtividade média porque aquele milho que estava em risco foi trazido para uma melhor condição. É isso o que o Antecipe faz: aumenta a produtividade daquele milho que estaria numa baixa produtividade pelo risco climático.

Veja as vantagens:

  • Contribui para a redução de riscos da segunda safra de grãos.
  • Amplia áreas cultivadas com milho safrinha
  • Antecipa em até 20 dias o plantio do milho safrinha
  • Aumenta o potencial produtivo da soja e do milho, individual ou conjuntamente
  • Reduz o custo com a operação de insumos

Para assistir o vídeo explicativo, clique aqui.

agricultura campo milho soja
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Carla Santos
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Editora do portal A Granja Total Agro. Jornalista formada pela PUC-RS, com extensão em Estratégias de Marketing para Redes Sociais pela ESPM.

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