As vendas antecipadas da safra de soja 2022/23 chegaram a 12% – ou 17,36 milhões de toneladas – até 6 de maio, data do levantamento de Safras & Mercado.
A consultoria levou em conta uma safra hipotética – o potencial inicial da atual temporada, sem considerar a quebra pela estiagem – de 144,7 milhões de toneladas.
Em igual período do ano passado, a comercialização antecipada era de 17%. E a média para o período é de 18,8%. Em 11 de abril, era 9,8%.
Safra 2021/22
Já a comercialização 2021/22 chegou a 61% da produção projetada, conforme Safras & Mercado, também com dados recolhidos até 6 de maio. No relatório anterior, com dados de 11 de abril, o número era de 56,6%.
Em igual período do ano passado, envolvia 71,4%. E a média de cinco anos para o período é de 65%. Levando-se em conta uma safra estimada em 122,3 milhões de toneladas, o total já negociado é de 75,22 milhões de toneladas.
Recuo na produção
A produção em 2021/22 deverá totalizar 122,3 milhões de toneladas, recuo de 11,4% sobre a safra da temporada anterior, de 138,1 milhões.
Em 4 de março, quando foi divulgado o relatório anterior, a projeção era de 125,08 milhões de toneladas. O corte sobre a estimativa anterior é de 2,22%.
Safras indica aumento de 4,3% na área em 2021/22, estimada em 40,87 milhões de hectares. Em 2020/21, o plantio ocupou 39,19 milhões de hectares.
Produtividade menor
O levantamento aponta que a produtividade média deverá passar de 3.542 quilos por hectare para 3.007 quilos. Foram feitos novos cortes nas produtividades médias para Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.
Os estados sofreram com a baixa umidade registrada ao longo do desenvolvimento da safra. E os trabalhos de colheita revelaram que as perdas produtivas foram realmente expressivas e maiores do que as estimadas em março, mês da estimativa anterior.
Luiz Fernando Roque, analista de Safras & Mercado
Goiás se destaca
Segundo o consultor, o destaque positivo desta atualização foi Goiás, com um novo aumento na produtividade média esperada. “Além disso, com a colheita finalizada, os estados de Mato Grosso e de Goiás confirmam as maiores produtividades médias da história”, conclui.
Fonte: Safras & Mercado
