O Relatório de Oferta e Demanda, do USDA, na semana passada reduziu, mais uma vez, a expectativa de produção para a soja americana, para 114,45 milhões de toneladas.
Mas a melhora do clima dos Estados Unidos se sobressaiu e sustentou otimismo sobre a etapa final de desenvolvimento da safra.
Já o Brasil superou a Argentina em exportação de farelo de soja com 13,3 milhões de toneladas exportadas.
E o dólar subiu 0,4% na semana, passada, e fechou a R$ 4,90, com inflação acima das expectativas.
As cotações de Chicago recuaram e encerraram a semana em baixa,com o contrato de agosto de 2023 a US$ 14,01 o bushel (-2,98%) e o contrato para março/24 a U$ 13,29 o bushel (-0,75%).
Diante desse cenário, a soja brasileira apresentou leves desvalorizaçõesna maioria das regiões.
Para esta semana, o clima nas lavouras americanas de volta ao centro das atenções.
Conforme os prognósticos da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), se espera que haja temperaturas mais altas e chuvas mais escassas.
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Plantio no Brasil
No dia 10 de setembro abre a janela para plantio de soja no do Mato Grosso.
O USDA manteve a expectativa de produção de soja brasileira para a safra 2023/24 em 163 milhões de toneladas, o que supera em 8 milhões de toneladas a já recordista safra 22/23.
A presença confirmada do fenômeno El Niño corrobora as altas expectativas, por proporcionar melhores condições das lavouras das regiões de mais forte produção do país.
Portanto, observar o ritmo de plantio na abertura da janela será muito importante para acompanhar os números.
Em função da queda de preços, provocada pela safra recorde, muitos produtores ainda estão cautelosos com as vendas, na expectativa por preços melhores.
As 155 milhões de toneladas produzidas em 2022/23 agravaram a deficiência brasileira em capacidade de armazenamento, forçando a liquidez do mercado.
Considerar 163 milhões de toneladas projetadas para o próximo ano, reforça um cenário desafiador.
Exportações
O Brasil exportou 13,3 milhões de toneladas de farelo de soja, 1,4 milhão a mais que a Argentina.
Mas com o fenômeno El Niño, as condições climáticas para a safra 2023/24 da Argentina tendem a melhorar.
Se confirmadas as 48 milhões de toneladas estimados pelo USDA, a Argentina voltará a produzir e exportar muito farelo e óleo de soja, diminuindo a margem da indústria brasileira em função da competitividade.
Dólar com tendência de alta
A moeda norte-americana poderá sofrer nesta semana influência com os dados do PIB brasileiro, onde uma desaceleração poderá provocar alta do dólar.
Pedidos iniciais de seguro-desemprego nos EUA, indicará a saúde da economia, e ditará o movimento do dólar no mundo.
Diante dos fatos apresentados, a soja em Chicago poderá apresentar uma semana positiva por conta da piora nas previsões climáticas nos EUA.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br