A semana passada foi marcada por muita oscilação e números históricos em Chicago. A alta foi a maior dos últimos 17 anos. O contrato com vencimento em agosto atingiu uma alta de 14,60% (US$ 16,41 o bushel em relação à semana anterior.
Já o contrato com vencimento em março/2023, atingiu US$ 14,73, ou seja, uma alta de 11,17%. Os números impressionam, principalmente, por causa da reversão brusca da tendência de queda que a soja vinha sofrendo, nas últimas semanas.
Clima quente nos EUA
Novamente, o clima dá sustentação às cotações. O mapa atualizado pelo NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica), o serviço oficial de clima dos Estados Unidos, aponta para temperaturas elevadas e chuvas mal distribuídas para parte do Meio-Oeste americano no início de agosto.
As condições das lavouras americanas continuam piorando, de acordo com o relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) na segunda-feira, dia 25 de julho.
Outro fator que vem pressionando as cotações é o cenário da Argentina, o maior exportador de derivados do mundo. O país vem passando por um momento de altas inflacionárias, onde o produtor de soja está preferindo segurar o produto, a fim de manter seu poder aquisitivo.
Além disso, o dólar teve na semana passada de queda acentuada, fechando a sexta-feira valendo R$ 5,17, queda de 6%. Na quarta, o Banco Central Americano voltou a aumentar a taxa de juros do país em 0,75 ponto porcentual, de uma faixa de 2,25% e 2,50%.
Apesar da alta da taxa de juros que, em tese, aumentaria a saída de dólar do Brasil, o recuo de 0,90% do PIB dos Estados Unidos no segundo trimestre trouxe uma atenção ainda maior sobre uma possível recessão nos EUA.
No Brasil, a credibilidade fiscal ainda continua fragilizada. Apesar da queda do dólar, o mercado brasileiro elevou seus preços, por conta da alta expressiva de Chicago, resultando em uma valorização nos preços, em relação à semana anterior.
Movimentos chineses
Para esta semana, os temores de uma recessão econômica ainda permanecem, provocando cautela no mercado financeiro em geral. As previsões climáticas apontam para uma semana com chuvas mal distribuídas e altas temperaturas na região do Corn Belt.
Movimentos de compras, principalmente da China, também poderão influenciar o mercado. O dólar poderá retornar a sua tendência de alta, ainda respaldado pelo risco de recessão global. Sendo assim, a semana poderá ser marcada pela alta dos preços no Brasil em relação à semana anterior.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br
ResponderEncaminhar |