O clima na América do Sul vai continuar sendo o principal direcionador de preços em Chicago. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta que a semana será marcada pela permanência das chuvas em praticamente todo Brasil. Porém em menor volume nas regiões Centro-Sul. Este cenário contribui para a queda de Chicago.
Neste dia 9 o USDA divulgará o o Relatório de Oferta e Demanda Mundial (WASDE). O documento deverá trazer novos números para o mercado. O relatório deve apontar aumento da previsão de exportação, principalmente para China, o que poderá impulsionar a alta de Chicago.
Compras chinesas
Além disso, o mercado continuará monitorando a China. Vai aguardar o posicionamento mais firme de compras do país diante dos estoques historicamente baixos. Caso isso se confirme, deverá provocar alta a curto prazo nas cotações de Chicago.
No mais, o dólar poderá ter uma semana de muita volatilidade com continuidade de quedas, ainda refletindo o cenário de otimismo nas relações comerciais internacionais. O fluxo de entrada de capital estrangeiro deve continuar em alta, pressionando a moeda americana.
Sene acredita que para essa semana, a continuidade da queda do dólar poderá permanecer anulando os ganhos de Chicago, desvalorizando os preços da soja no Brasil.
Chicago em alta
As cotações de Chicago fecharam a semana anterior com altas expressivas. O contrato com vencimento em novembro/2022 na sexta valeu US$ 14,51 o bushel (+4,69%). E e o com vencimento em março/2023, U$14,70 o bushel (+4,40%), também positivo.
Essa alta foi motivada principalmente após a Rússia informar que não renovaria o acordo de exportação com a Ucrânia. Mesmo após rever a informação, as altas foram mantidas.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as vendas de exportação de soja norte-americana atingiram 830.200 mil toneladas entre 21 e 27 de outubro. Próximo próximo da mínima esperada pelo mercado.
Esse número foi aproximadamente 20% abaixo da semana anterior. Por outro lado, a colheita norte-americana evoluiu 8% em relação à semana anterior. E atingiu 88% da área plantada, no dia 30 de outubro. Assim, se manteve acima da média histórica de cinco anos de 78%.
Plantio em MT ruma ao final
Em relação à safra 2022/23 no Brasil, o plantio segue evoluindo. Em Mato Grosso alcançou 87,9% das áreas projetadas. Seguido de Mato Grosso do Sul, com 49%, e de São Paulo, com 65%.
No país chegou a 47,6%, de acordo com o boletim publicado no dia 31 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Além disso, segundo a Companhia, cerca de 33,4% da produção encontra-se no estágio de emergência e 66,6%, em desenvolvimento vegetativo.
Câmbio ruim
Na semana passada a moeda americana teve uma semana de forte desvalorização. Fechou a sexta-feira cotada a R$ 5,06 (-4,53%). A semana também foi marcada pelo aumento da taxa de juros nos Estados Unidos em 0,75 ponto porcentual. Atingiu a faixa de 3,75% e 4,00% (o maior nível desde 2008).
Segundo o analista de mercado da Grão Direto Rua Sene, em contrapartida, o que prevaleceu foi o cenário interno, A primeira semana após as eleições trouxe sinais de uma gestão que pode melhorar as relações comerciais do Brasil, atraindo capital estrangeiro para o país.
Com a queda expressiva do dólar, somado à alta expressiva de Chicago, o mercado brasileiro se manteve estável, porém com leve queda – quando comparado à semana anterior.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br
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