
Nesta semana as condições climáticas continuarão influenciando o mercado de soja, conforme o plantio vai avançando no Brasil. É o que prevê analista da plataforma Grão Direto Ruan Sene.
Números referentes às exportações deverão ser acompanhados de perto, diante do retorno às compras da China, um contrapeso nos fundamentos de baixa de Chicago.
Mesmo perto da conclusão, o progresso da colheita norte-americana continuará no radar do mercado. O dólar pode continuar com o movimento de queda diante do otimismo, mesmo contido, dos mercados mundiais.
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Caso Chicago feche em alta, somado à desvalorização do dólar, a semana poderá ser marcada pela baixa variação dos preços em relação à semana anterior.
A semana passada foi marcada por estabilidade em Chicago, pois não houve novidades que pudessem movimentar as cotações. O contrato com vencimento em novembro/2022 fechou a sexta-feira valendo US$ 13,93 o bushel (+0,72%) e o com vencimento em março/2023 a US$ 14,09 (+0,64%), também positivo.
Colheita americana acelerada
A colheita norte-americana segue em ritmo acelerado, ultrapassando os números do ano passado.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), atingiu 63% da área plantada. Com isso, está 5% à frente do ano passado e 11% acima da média dos últimos cinco anos. Isso trouxe certo alívio ao mercado.
Ainda de acordo com o USDA, as exportações dos Estados Unidos continuam aquecidas, mesmo com os níveis de água do rio Mississippi baixos, dificultando o transporte de grãos pela hidrovia.
O Departamento publicou, na quinta-feira, dia 20, um número próximo a 2,34 milhões de toneladas durante a semana. A China foi o principal destino da oleaginosa americana. Respondeu por aproximadamente 1,98 milhão de toneladas, seguido pela Holanda, com 82,8 mil toneladas.
Exportações aquecidas no Brasil
No Brasil, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações voltaram a aquecer. Até segunda-feira, dia 17, o Brasil havia exportado, em nove dias úteis do mês, cerca de 40% do volume exportado em todo mês de outubro de 2021.
Segundo o analista de mercado da Grão Direto, se as exportações continuarem nesse ritmo, irão superar os números de outubro de 2021.
O dólar teve uma semana de forte desvalorização. Fechou a sexta cotado a R$ 5,15 (-3,20%). Além do cenário interno, com foco nas eleições, houve também alívio para o mercado diante da expectativa de que o Banco Central dos Estados Unidos poderá desacelerar o ritmo de aumento da taxa de juros do país após atingir a faixa de 3,75 a 4,00 pontos percentuais (previsto para a próxima reunião).
A queda expressiva do dólar, somada à leve alta de Chicago, não foi suficiente para elevar os preços no Brasil durante a semana anterior.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br
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