Produtores de soja participaram de reunião da Câmara Setorial da Soja, na última quinta-feira, em Brasília, expuseram sua preocupação com os prejuízos decorrentes da instabilidade climática em todas as regiões do país.
Com base nos dados coletados pelas 15 Aprosojas Estaduais, a safra 2023/2024 atingiria 135 milhões de toneladas, no máximo.
Os números são bem abaixo do que têm sido divulgados por instituições e empresas públicas e privadas do Brasil e do exterior.
Esses dados levam em consideração o estresse hídrico a que foram submetidos os estados do Centro-Oeste, como Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul.
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E o excesso de chuvas em áreas desses mesmos estados, dificultando o trabalho de colheita dos grãos e levando prejuízos ainda maiores aos produtores.
PR: excesso e falta de chuva
Também há relatos contundentes de produtores do sul do país, principalmente no estado do Paraná, que sofreram com o excesso de chuvas no início do plantio.
E que agora enfrentam a falta da chuva nas áreas em que a soja está na fase reprodutiva, o que compromete a produtividade das lavouras.
Em razão de toda essa instabilidade, a Aprosoja Brasil projeta um número ainda mais baixo, caso o clima não se altere.
De acordo com os diretores da Aprosoja Brasil, a divulgação no mercado de dados sobre a safra que não condizem com a realidade tem provocado uma tendência de baixa nos preços.
Os produtores, além de terem redução de produtividade, têm que lidar com preços incompatíveis com a realidade, trazendo prejuízo aos sojicultores e às regiões produtoras.
Diante deste quadro, a entidade recomenda aos produtores extrema cautela e a readequação dos negócios diante desta dura realidade.
E aos parceiros comerciais que financiam a safra, a Aprosoja Brasil pede que demonstrem o valor da parceria diante da eventual incapacidade dos produtores de honrar todos os compromissos programados.
Fonte: Aprosoja Brasil