A semana passada foi marcada pela baixa presença da China nos mercados globais de soja devido ao feriado ao longo de toda a semana.
Já o Agricultural Outlook Forum anunciou aumento de 4,7% na projeção de área plantada para os EUA.
Com isso espera-se uma produção acima de 120 milhões de toneladas para aquele país.
Ainda nos EUA, a divulgação dos números de inflação provocou cautela nos mercados globais, com alta de 3,1%, contra estimativa de 2,9%.
Em Chicago, o contrato da commodity para março/2024 encerrou a semana em US$ 11,73 o bushel (1,01%).
E o mercado físico brasileiro seguiu a mesma tendência de Chicago.
Em contrapartida, o dólar subiu 0,20%, e fechou a semana a R$ 4,97.
Nesta semana as atenções estão no clima na América do Sul.
Os mapas climáticos apontam que a semana será de bastante chuva em todas as regiões do Brasil, com exceção da Região Norte.
Já na Argentina, a semana será de chuvas mais escassas, podendo trazer cautela para o mercado de grãos.
Nesta segunda-feira, dia 19, não houve referência de Chicago devido ao feriado do Dia do Presidente.
Como consequência, seria um dia com poucas negociações e atividade reduzida nos mercados.
Já na China, o maior comprador de soja do mundo, retornará às atividades de mercado esta semana, porém sem grandes expectativas de realizar compras significativas.
A economia chinesa ainda está passando por momentos difíceis, trazendo cautela para os mercados globais.
Exportações brasileiras
De acordo com a Anec, as projeções para as exportações apontam para cerca de 7,3 milhões de toneladas de soja em fevereiro.
No entanto, os dados da Secex mostram que apenas 1,2 milhão de toneladas foi concretizada até o momento.
Se o ritmo atual persistir, é improvável que as exportações ultrapassem 3,5 milhões de toneladas.
Mais sobre o mercado da soja em Porque o Brasil vai exportar menos soja em 2024
Macroeconomia
O mercado financeiro permanece cauteloso em relação à economia dos Estados Unidos, especialmente devido à inflação que tem superado as expectativas.
Isso pode levar a um adiamento do início da redução das taxas de juros norte-americanas para junho.
Enquanto isso, o dólar continuará com dificuldade para cair.
Considerando os eventos mencionados, é provável que o mercado de soja em Chicago tenha mais uma semana negativa, com o mercado físico brasileiro seguindo a mesma tendência.
Fonte: Grão Direto