A oferta de carne suína apresenta uma tendência altista fraca no curto e médio prazo.
O quadro ajustado observado não deve apresentar grandes mudanças ao longo dos próximos meses, considerando o ciclo da atividade.
Foi o que concluiu o indicador Safras IA Score.
De acordo com o analista de Safras & Mercado Allan Maia, a tendência para a demanda tanto interna quanto externa no curto prazo é de uma boa evolução.
Exportações em alta
No médio prazo, Maia explica que as exportações devem continuar apresentando ótimo desempenho, o que ajuda a enxugar a disponibilidade doméstica com uma tendência altista média.
“Em relação a demanda interna, o último bimestre é o período em que há o auge para a carne suína, puxado pela entrada de décimo terceiro e bonificações na economia, e pelas festividades de final de ano”, ressaltou.
Mais sobre o segmento em 2025 deverá ser de recorde para produção de carnes suína e de frango
Mais para frente, no longo prazo, a projeção do Safras IA Score é que a demanda seja baixista média.
“Nos primeiros meses do ano, a população conta com maior nível de endividamento, pagamento de tributos e impostos. O calor intenso também deve prejudicar a demanda. O ponto que pode ajudar é se a carne bovina estiver com preços altos”, destaca.
Câmbio
O analista ainda explica que, em relação ao câmbio, existem duas frentes a serem consideradas para a formação da tendência.
“Uma é o nível de atratividade da carne suína brasileira na exportação e no custo de produção. Diante das incertezas no país, o dólar tende a seguir em patamares firmes, o que favorece a margem da indústria exportadora e pode possibilitar maior preço ao produtor no interior do país”, avalia.
“O nível de juros do Brasil e Estados Unidos deve ser acompanhado de perto, podendo trazer volatilidade e alterar a dinâmica de entrada e saída de dólares do país”, concluiu.
Fonte: Safras & Mercado