Em um ano difícil para estabilização dos preços da arroba do boi gordo, a suplementação alimentar representa 9% dos custos operacionais da pecuária de corte nas propriedades de recria e engorda.
Ela é o segundo item de maior impacto econômico nos custos de produção daqueles ciclos produtivos. Os gastos com insumos para nutrição foram superiores, principalmente, nas fazendas com altos índices produtivos.
O maior item nos custos para recria e engorda continua sendo a reposição, ainda sob influência da alta de preços do bezerro registrada em 2021.
Na cria e ciclo completo, sistemas com alto investimento na suplementação, a exemplo de Paragominas e Santana do Araguaia, no estado do Pará, os investimentos na dieta representam 26% dos custos, enquanto a contratação de mão de responde por 16%.
O tempo de recria é um gargalo a ser avaliado. A demora no processo é um fator que contribui para reduzir o volume de animais desmamados nos sistemas de menor produtividade, com as fêmeas retidas competindo com as matrizes pelo consumo de forragem.
Baixos investimentos nos recursos forrageiros também forçam os sistemas mais extensivos a manterem taxas de lotação reduzidas, sobretudo em regiões que precisam lidar com adversidades climáticas, como é o caso da Bahia.