Os primeiros leilões da Temporada de Reprodutores 2023 no Rio Grande do Sul sinalizam para uma retomada das vendas de gado, principalmente do interesse por fêmeas de reposição.
A projeção é da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e do Sindicato dos Leiloeiros Rurais e Empresas de Leilão Rural do RS (Sindiler/RS). As entidades traçam essa perspectiva embasadas nos remates que deram a largada das vendas no Estado. O Guia de Remates da temporada, distribuído na primeira quinzena de agosto, reúne a agenda de cerca de 20 empresas que atuam no Rio Grande do Sul. A programação inclui leilões de equinos, bovinos e ovinos.
Segundo o presidente do Sindiler, Fábio Crespo, as vendas estão acontecendo em diferentes praças. “Estamos trabalhando para operar próximos das médias do ano passado. Mas o essencial é que estamos vendendo”, pontua otimista o leiloeiro. Para ele, é importante que se mensure a força da pecuária na economia gaúcha. “É um setor que gera empregos, renda e recursos para o Rio Grande do Sul. A sociedade precisa ver o trabalho do pecuarista e também dos leiloeiros, que são os agentes facilitadores dessas vendas”, salienta.
A projeção deve se confirmar também durante os remates previstos para ocorrer na Expointer 2023, de 26 de agosto a 3 de setembro. Serão três leilões de bovinos, sete de equinos e seis de ovinos.
O presidente da Comissão de Feiras e Exposições da Farsul, Francisco Schardong, destaca que a ferramenta (agenda de leilões) chega para facilitar a vida dos criadores. “Eles vão saber onde têm a oferta que precisam. É um marco importante no setor”, afirma. Segundo ele, apesar do avanço da agricultura, a pecuária segue tendo seu espaço no RS. “Com a seca, foi ela que bancou a conta em cima da soja”, acrescenta.
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