A semana passada para o milho foi marcada pela continuidade do atraso no plantio da segunda safra brasileira.
E também o anúncio de testes de milhos transgênicos da China.
Além de casos de gripe aviária na América do Sul.
Assim, as cotações de Chicago finalizaram a semana sendo cotadas a US$ 6,78 o bushel (-0,44%) para o contrato com vencimento em março/23.
Já a B3 fechou perto da estabilidade, a R$ 88,98 (+0,12%).
A China, segundo maior produtor de milho do mundo, anunciou que começará a fazer testes com milho transgênico.
Caso os chineses obtenham resultados significativos, a tendência é que eles implementem a tecnologia e consigam aumentar significativamente sua produção.
Podem até se tornar autossuficientes do grão.
Atualmente, o país asiático tem uma demanda de importação estimada em 18 milhões de toneladas.
Deste volume, 15 milhões partem dos EUA e cerca de 4 milhões da Ucrânia.
Segunda safra brasileira
Com o avanço da colheita de soja, nota-se um avanço no plantio do milho segunda safra.
Em de acordo com a Conab, está com 20,4% de área plantada.
Este período de chuvas, que coincide com o plantio do milho, ajuda as lavouras a terem uma boa fase inicial, que é muito importante para a cultura.
Uma boa safra de milho seria muito bem vista pela China, que já tem firmado o comércio do grão com o Brasil para 2023.
Exportações para a China
O Brasil poderá se tornar o segundo maior exportador de milho para a China, atrás apenas dos EUA.
A Argentina e o Uruguai registraram casos de gripe aviária em algumas granjas.
A proteína das aves é a mais barata, e por isso possui um alto nível de consumo.
Além disso, é um dos setores que mais demanda milho nos países da América do Sul.
Assim, o Brasil já deu início a medidas de proteção sanitária, para evitar que a gripe chegue até as granjas brasileiras.
Clima decide
O clima continuará sendo um fator muito importante nesta semana.
Apesar do ritmo lento no plantio do milho, ocasionado pelo atraso na colheita de soja, o cereal acaba sendo favorecido diretamente com a continuidade das chuvas, diante da necessidade hídrica para seu desenvolvimento inicial.
Em relação aos casos de gripe aviária, mais informações ainda são necessárias para saber qual seu impacto e se ela pode afetar a demanda de milho.
Com medidas sanitárias mais rigorosas, poderá haver abates de aves e, até mesmo, granjas interditadas em um prazo mais curto, para evitar que a gripe se espalhe.
Além disso, a China confirmará a área de teste para o milho transgênico.
O tamanho dessa área irá mostrar seus níveis de interesse na tecnologia. Portanto, é importante acompanhar essa atividade.
Sendo assim, as cotações brasileiras poderão ter uma semana de desvalorização em relação à semana anterior.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br