O mercado brasileiro de trigo encerrou junho com altas expressivas nos referenciais de preços.
No Paraná, a indicação média no FOB interior fechou em R$ 1.653/tonelada. E nas regiões de produção do Rio Grande do Sul, a R$ 1.525/tonelada.
A valorização acumulada durante o mês em ambos os estados foi de 8,5%.
Segundo o analista de Safras & Mercado Elcio Bento, essa alta das cotações decorre da baixa disponibilidade interna e do custo de importação elevado.
O ritmo dos negócios, em geral, foi baixo durante o mês. “Exceção feita para momentos pontuais, como o que ocorreu no Paraná, onde produtores precisaram vender trigo para abrir espaço para acomodar milho safrinha. A alta volatilidade das variáveis formadoras de preços justifica essa postura”, disse.
A principal referência internacional para trigo hard (a Bolsa de Kansas), durante o tombo mensal, oscilou mais de 21% entre a máxima e a mínima.
Mais sobre o momento do cereal em Por que o trigo está subindo?
O dólar comercial, em uma escalada intensa de alta, teve uma amplitude mensal das cotações superior a 7%.
Conforme Bento, qualquer tomada de decisão nesse ambiente de total volatilidade se torna arriscado.
E julho?
“Para o mês de julho o mercado interno de trigo deve apresentar menor volatilidade. As atenções seguirão voltadas para a evolução da safra brasileira e para o comportamento do câmbio e dos preços internacionais”, projetou o analista.
Fonte: Safras & Mercado