O trigo encerrou com preços acentuadamente mais baixos na Bolsa de Chicago ontem, 10.
Desde o início da manhã o mercado foi pressionado pela expectativa de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) eleve suas projeções de estoques finais e produção para a temporada 2024/25 do país.
A queda dos preços no Mar Negro, região de forte competitividade no mercado exportador, também pesou negativamente.
As previsões de chuvas para os próximos 15 dias, que devem beneficiar a produção na Argentina, contribuíram para o cenário negativo das cotações.
E ontem a informação de que o governo indiano deve vender as reservas estatais no mercado interno arrefeceu a expectativa quanto a possíveis importações por parte do país.
O mercado interno da Índia vem sendo pressionado pela escassez de oferta e os preços vêm subindo.
Segundo analistas consultados por agências internacionais, os estoques finais dos Estados Unidos em 2023/24 devem ser indicados em 698 milhões de bushels, contra 688 milhões em junho.
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As estimativas variaram de 680 milhões a 708 milhões de bushels.
Para 2024/25, a expectativa é de 793 milhões de bushels, acima dos 758 milhões de junho. As estimativas variam de 750 a 863 milhões de bushels.
Estoques globais
Os estoques globais ao final de 2023/24 são estimados em 259,9 milhões de toneladas, contra 259,6 milhões em junho.
O volume mínimo estimado foi de 259 e o máximo, 260,4 milhões de toneladas. Para 2024/25, a expectativa é de 252,6 milhões de toneladas. Em junho, foram 252,3 milhões.
As estimativas variam de 250 milhões a 256 milhões de toneladas.
A produção de trigo dos Estados Unidos deve totalizar 1,913 bilhão de bushels. Em junho, o Departamento indicou 1,875 bilhão de bushels.
Em 2023/24, foram 1,812 bilhão de bushels.
Recuo nos contratos
No fechamento, os contratos com entrega em setembro eram cotados a US$ 5,61 1/2 por bushel, baixa de 10,50 centavos de dólar, ou 1,83%, em relação ao fechamento anterior.
Os contratos com entrega em dezembro eram negociados a US$ 5,85 por bushel, recuo de 10,50 centavos, ou 1,76% em relação ao fechamento anterior.
Fonte: Safras & Mercado