O mercado brasileiro de trigo tem agentes cautelosos e pouco ativos.
Segundo o analista de Safras & Mercado Elcio Bento, o sentimento dos compradores é de que o ingresso da safra nova, que já está sendo colhida, exerça pressão sobre as cotações.
Da mesma forma, a expectativa de aumento da safra argentina e a acomodação das cotações internacionais são indicadores de barateamento do cereal.
Conforme a Conab, até 22 de agosto, a colheita atingia 4,7% da área no Brasil.
O avanço semanal foi de apenas 1,1 ponto percentual.
O Paraná, o segundo maior produtor, tinha apenas 4% da área colhida.
O líder Rio Grande do Sul ainda não tinha iniciado a colheita, o que deve ocorrer apenas em setembro, se intensificando em outubro.
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Lavouras em normalidade
As lavouras de trigo se desenvolvem com certa normalidade nos dois estados.
Em algumas regiões, as temperaturas mais elevadas aceleraram o crescimento das plantas, o que demandou maior atenção dos produtores e engenheiros-agrônomos nos tratos culturais.
Também em áreas localizadas há ocorrência de doenças, em função do clima.
Ainda não há, no entanto, perspectiva de quebra de safra.
A estimativa de Safras & Mercado para a produção nacional é de 11,55 milhões de toneladas em 2023, 3,1% acima do ano anterior.
A safra gaúcha deve cair 8,5%, para 5,5 milhões de toneladas.
Mas a paranaense deve se recuperar da quebra de 2022 e crescer 21,7%, para 4,38 milhões de toneladas.
Fonte: Safras & Mercado