A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços acentuadamente mais baixos. O mercado foi pressionado por um movimento de realização de lucros. De um modo geral, a calmaria no Mar Negro, sem novos ataques russos à infraestrutura portuária ucraniana, favoreceu a correção.
Além disso, conforme traders consultados por agências internacionais, os agentes já veem com maior clareza a possibilidade de escoamento dos produtos agrícolas da Ucrânia através de outras rotas. Países da Europa, como Croácia e Lituânia, podem representar essas alternativas. Os custos seriam maiores, mas, ao menos, os grãos seriam exportados. Segundo Financial Times, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) deve fortalecer o patrulhamento no Mar Negro para enfrentar as ameadas russas a portos e embarcações.
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A previsão de chuvas em regiões produtoras dos Estados Unidos também apareceu como fator baixista. A queda do petróleo em Nova York e o mau desempenho das bolsas de valores da Europa contribuem para o cenário desfavorável às cotações. Ajudou no movimento de correção o Hemisfério Norte em período de colheita, que concentra a maioria da produção global de trigo.
No fechamento, os contratos com entrega em setembro eram cotados a US$ 7,20 por bushel, baixa de 40,25 centavos de dólar, ou 5,29%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em dezembro eram negociados a US$ 7,42 1/4 por bushel, recuo de 38,50 centavos, ou 4,93% em relação ao fechamento anterior.
Fonte: Agência SAFRAS
