O início, ainda que incipiente, da promissora colheita paranaense segue exercendo pressão sobre as cotações do trigo no estado. As indicações de compra FOB interior ficam entre R$ 1.250 e R$ 1.300 a tonelada.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Elcio Bento, o produtor segue relutando em negociar a esses valores. Os negócios antecipados também seguem demonstrando baixo apetite do vendedor.
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A paridade de importação, quando se olha para a safra nova argentina, fica por volta de R$ 1.300/tonelada no interior. “Isso mostra que, mesmo faltando quase quatro meses para a disponibilização da safra nova, o mercado já está alinhado com essa realidade. Essa antecipação é o resultado da safra nacional que se encaminha para um novo recorde”, disse.
No Rio Grande do Sul, apesar da pressão, as cotações ainda se mantêm por volta de R$ 1.300/tonelada no FOB. “Uma preocupação recorrente nas regiões produtoras gaúchas é com as altas temperaturas, que tem aumentado a incidência de doenças. Essa condição pode aumentar a necessidade de aplicação de defensivos e, consequentemente, achatar as margens que já tendem a serem apertadas na atual temporada. Da mesma forma que no Paraná, os negócios antecipados seguem em ritmo lento”, observou o analista.
O plantio está tecnicamente finalizado no Brasil. Na Argentina, o quadro é semelhante.
Mercado internacional
No mercado internacional, a semana foi de retração. Sem novidades vindas do Mar Negro, os investidores aproveitaram para realizar lucros, pressionados pelos fundamentos baixistas de entrada de oferta e à espera do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Fonte: Agência SAFRAS