O mercado brasileiro de trigo teve uma semana de poucos negócios. Segundo analistas de SAFRAS & Mercado, os agentes estão ausentes das negociações, em ritmo de fim de ano. Enquanto os produtores seguem elevando suas pedidas e focados nas lavouras de verão, a indústria começa a entrar em férias coletivas.
Os preços mantiveram certa estabilidade, mas já começam a sentir a pressão baixista, justamente por causa da ausência de demanda.
Com a quebra da safra brasileira, a produção da Argentina é um ponto importante de atenção. Enquanto o novo governo traz dúvidas ao mercado quanto às variáveis de exportação de trigo, a indústria brasileira espera poder contar com o cereal do país vizinho para completar os volumes necessários para moagem. Este é um dos motivos que faz com que os preços internos sejam balizados pela paridade de importação.
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A colheita na Argentina já supera 55%. Apesar de alguns problemas climáticos, a safra deste ano deve superar a do ano passado. No Rio Grande do Sul, os trabalhos estão tecnicamente finalizados, o que leva a ceifa a nível nacional também próxima à conclusão.
O mercado brasileiro deve seguir com pouca movimentação, ao menos, até a segunda quinzena de janeiro. A partir de então, um empecilho à comercialização deve ser o escoamento da safra de verão.
Fonte: Agência SAFRAS