Uma usina termelétrica alimentada com casca de arroz já está em fase de implantação em Uruguaiana, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. O empreendimento é da empresa Nova Engevix terá investimento de R$ 70 milhões e capacidade de gerar 5 megawats em regime de operação contínua, o que equivale 37 mil megawatts/hora por ano, o suficiente para atender uma cidade de 30 a 40 mil habitantes, em uso residencial.
A usina consumirá 57 mil toneladas por ano de casca de arroz, proveniente das indústrias da região. A obra começou agora em agosto, com preparação do terreno e o prazo para o início do funcionamento é de 18 meses.
A casca de arroz é considerada um subproduto e seu descarte chega a ser um problema que limita a ampliação do trabalho das agroindústrias, que por não terem onde descartar a casca, acabam reduzindo o ritmo de trabalho. De cada quilo de arroz beneficiado, 220 gramas são casca, com alto poder calorífico, se configurando em um ótimo combustível. Na natureza, leva cinco anos para se degradar.
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E da queima da casca, que é bom informar, não gera gases de efeito estufa, ainda sai um resíduo que é a cinza, em torno de 20%. Essa cinza tem diferentes usos: pode servir como adubo, já que é rica em potássio, e também pode ser usada para produtos da construção civil e, através de um outro processo, pode produzir sílica. É tudo um grande potencial já que o Rio Grande do sul é o maior produtor de arroz do Brasil, então casca é produto abundante.
Esse assunto foi tema de uma entrevista com o engenheiro responsável pelo projeto, Luiz Antônio Leão e vai ao ar no programa A Granja na TV desta quinta-feira. Clique abaix para assistir o programa na íntegra.