Hoje, o pecuarista que não voltar os olhos para o investimento em tecnologia – aqui vale ressaltar que há níveis tecnológicos para todos os portes – e, principalmente, gestão na fazenda pecuária só tem dois caminhos: sair da atividade ou arrendar a fazenda.
Para iniciar um bom projeto de gestão na propriedade, o zootecnista e coordenador do Instituto de Métricas Agropecuárias (Inttegra), Antônio Chaker, ensina que o processo consiste em estabelecer metas e criar condições para que elas sejam cumpridas. Não há diferenças entre pequenas e grandes propriedades. A mudança é apenas operacional.
Fazendas maiores exigem mais rotinas e gente envolvida. Uma gestão mais avançada se baseia em monitorar fatores técnicos, econômicos, financeiros, bem como o desempenho da equipe. “É possível implementar gestão até mesmo em propriedades com um único colaborador”, garante o coordenador do Inttegra.
Principais indicadores da gestão na fazenda pecuária
Na avaliação de Chaker, os principais indicadores que devem ser acompanhados dentro de uma fazenda de corte são a taxa de lotação (UA/ha), Ganho de Peso Médio Diário (GMD), desembolso/cabeça/mês e valor de venda dos animais. Esses elementos sozinhos explicam mais de 80% do resultado de uma propriedade.
“Do ponto de vista prático, destaco que um primeiro grande passo seja monitorar a previsão de abate e desembolso. Se o pecuarista cumpre a previsão de abate da mesma forma que cumpre a previsão de desembolso, certamente cumprirá a meta econômica da fazenda”. Quanto aos demais indicadores, a multiplicação da taxa de lotação e o GMD são os principais indicadores técnicos, conforme dados do Inttegra.
Médias que indicam que a operação está no azul
Nas fazendas de cria, a média das propriedades monitoradas pelo instituto é 5,7 arrobas/ha/ano; já as top rentáveis chegam a 7 arrobas por hectare ano. Propriedades de ciclo completo alcançam, em média, 9,3 arrobas/ha/ano, enquanto os mais rentáveis produzem 13,2 @/ha. Agora na recria e na terminação, a produção média dos clientes atendidos pela consultoria foi de 23,6@/ha/ano, ao mesmo tempo em que as propriedades mais eficientes produzem 37 arrobas/ha/ano.