Colheita de soja nos Estados Unidos, feriado de uma semana na China – quando se espera decisão sobre o embargo da carne, clima e plantio na América do Sul. Estes são os fatores que dão direcionamento de baixa para as commodities. A semana começa com pouca liquidez no mercado doméstico.
Soja
A forte elevação do dólar retornado para a casa dos R$ 5,45 foi balanceada pela queda das cotações da soja no mercado internacional e recuo dos prêmios de exportação. Isso levou o grão brasileiro à estabilidade, nos R$ 172,00/sc, em Paranaguá/PR.
Na CBOT, a ausência da demanda chinesa para as vendas externas, a colheita concluída em 34% da área nos EUA, e o clima na América do Sul pressionaram recuos nas cotações da oleaginosa. O vencimento novembro/21 foi cotado a US$ 12,35/bu, desvalorização 0,86%.
Milho
O grão, por exemplo, ficou no nível de R$ 92,00/sc, em Campinas/SP. O primeiro pregão da semana na B3 fechou com recuo para os futuros do grão. O vencimento novembro/21 teve queda de 0,96% e foi negociado a R$ 90,41/sc.
Por outro lado, o bom avanço da colheita que está completa em 29% da área nos EUA tem o movimento de queda em Chicago, desacelerado pela valorização do petróleo e reporte de vendas para exportação. Mesmo assim o vencimento dezembro/21 encerrou a 2ª feira valendo US$ 5,41/bu, recuo de 0,14%.
Carne
Ao contrário do que se espera para o início de mês, o mercado físico de boi gordo iniciou outubro/21 atipicamente tensionado. Com parte das indústrias frigoríficas fora das compras ou em férias coletivas, o cenário de preparação para o aumento de consumo pela proteína bovina nesta época do mês não se faz presente.
Com isso, a referência de preços das negociações que se concretizaram é de R$ 285,00/@. Na B3, o contrato futuro de boi gordo com vencimento para outubro/21 segue recuando e fechou cotado a R$ 274,45/@, com desvalorização de -3,19%.
Apesar do recuo no volume dos embarques nos últimos nove dias úteis do mês, setembro/21 se encerrou com mais um volume recorde nas exportações de carne bovina in natura. Os envios aos portos do período final de setembro/21 ficaram em 6,28 mil t/dia, uma queda de 42,29% frente à média diária que estava se consolidando até o dia 17/09. Ainda assim, foram 187,02 mil toneladas embarcadas para fora do país no último mês, 31,38% a mais do que no mesmo período de 2020.