A comercialização de café brasileiro alcança 46,28 milhões de sacas. A produção em 2021/22 está estimada em 56,5 milhões de sacas, segundo a Safras & Mercado. Ou seja, a negociação – até 10 de janeiro – atingia 82% da safra, contra 78% do mês anterior.
O percentual de negociações é superior ao mesmo período do ano passado, quando girava em torno de 79% da safra. O fluxo de vendas também está bem acima da média dos últimos anos para o período (74%).
Postura mais curta
Segundo o consultor de Safras & Mercado, Gil Barabach, as vendas avançaram pouco ao longo do último mês de dezembro, apesar dos preços elevados. “Dúvidas em torno da safra brasileira 2022, questões tributárias e a aposta na sequência de ganhos justificam essa postura mais curta dos vendedores”, diz Barabach.
Ele afirma que 2022 começa com um vendedor mais interessado, mais ainda pouco ativo. “Sonda algumas posições, mas limita os negócios a lotes pequenos, buscando cobrir necessidade de caixa imediato”, avalia.
Lentidão
No lado da demanda também não se observa grande interesse. Assim, a comercialização evoluiu de forma lenta e cadenciada. “O produtor deve seguir escalonando suas posições, pautado no viés de alta do mercado. E só deve alterar essa postura diante de uma queda mais expressiva nas cotações”, comenta.
A comercialização de arábica chega a 79% da safra brasileira 2021, ligeiramente acima de igual período do ano passado, quando alcançava 77%. Também é superior à média de 5 anos para período de 73%.
Já as vendas de conilon alcançavam 87% da safra 2021, contra 79% vendido em igual época do ano passado. A média dos últimos cinco anos para o período foi de 74%.