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Pecuária Atualização:13/06/2022

Vilãs nocivas e SILENCIOSAS

Shaira MaysePublicado por Shaira Mayse13/06/2022Atualização:13/06/2022Nenhum comentário7 Min de Leitura
Fotos: Faber Carneiro

De difícil diagnóstico, doenças reprodutivas comprometem resultado da estação de monta, impactando gravemente o caixa da propriedade

O principal indicador de produtividade para uma fazenda de cria é a taxa de desmama, contemplando os resultados das taxas de prenhez, de perda gestacional, de nascimento e, por fim, de mortalidade de bezerros. Diante da necessidade de minimizá-las, temos que dar total atenção a um dos grandes fatores que interfere em todo esse processo, que são as doenças reprodutivas. Elas causam graves impactos econômicos na atividade de cria, como redução da fertilidade, perdas gestacionais e mortalidade perinatal.

As principais doenças reprodutivas que acometem os bovinos e zoonoses são: Brucelose, Leptospirose, IBR (Rinotraqueite infecciosa bovina), BVD (Diarreia Viral Bovina), Neosporose, Campilobacteriose e tricomoníase.

Brucelose

A Brucelose é uma doença infectocontagiosa. Causada pela bactéria Brucella abortus, nas fêmeas, apresenta como consequência o aborto, principalmente no terço final da gestação, além de retenção de placenta, nascimento de bezerros fracos ou mortos. Também aumenta o intervalo entre partos, gerando um grande impacto econômico nas propriedades criadoras de bovinos. Já nos touros, a Brucelose pode causar orquite, com consequente diminuição da libido e até infertilidade.

No Brasil, a Brucelose é considerada uma doença endêmica, sendo responsável por cerca de 15% da diminuição na produção de bezerros, podendo chegar a acarretar 25% da diminuição da produção de carne no país. Além da preocupação econômica, a enfermidade requer grande atenção por parte da saúde pública, já que se trata de uma zoonose, podendo ser transmitida através da ingestão de leite cru, contato com mucosas, além de acidentes com vacinação por se tratar de uma vacina com bactérias vivas.

O diagnóstico é realizado através de sinais clínicos, no entanto a confirmação do diagnóstico sempre ocorre através de exames sorológicos ou bacteriológicos, sendo de comunicação obrigatória às autoridades sanitárias os casos positivos. Se necessário, os animais reagentes positivos poderão ser acondicionados na fazenda até engorda para abate. A carcaça pode ser liberada ao consumo humano, uma vez que não oferece risco de disseminação da doença através do consumo.

Leptospirose

A Leptospirose é uma doença transmissível entre animais e humanos que gera prejuízos aos sistemas produtivos. Entre seus sinais clínicos, destacam-se diminuição de desempenho, infertilidades, abortos e mortalidade de bezerros. É também uma zoonose, causada principalmente pela bactéria Leptospira interrogans. A principal forma de transmissão da Leptospirose está na urina do animal contaminado, podendo a bactéria resistir ao ambiente por longo período. Contudo, a doença também pode ser transmitida via transplacentária, vaginal (através da monta natural), nasal, pelo sêmen, via secreções ou em outras formas de contato com o animal ou entre os animais. Outras fontes da bactéria são a água, o solo ou alimentos contaminados.

O tratamento é feito com antibiótico e deve ser prescrito pelo médico veterinário. A mortalidade é baixa em bovinos adultos, mas alta em bezerros.

Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR)

O Vírus da Rinotraqueíte Infecciosa Bovina, denominado de Herpesvírus Bovino tipo 1 (BHV-1), está presente em forma enzoótica no Brasil há vários anos, e está associado a várias síndromes, tais como rinotraqueíte, vulvovaginite, balanopostite, conjuntivite e abortos. O impacto econômico dessa enfermidade é observado no retardo do crescimento de animais jovens, na redução da produção leiteira, na morte embrionária e fetal. A doença ainda aumenta a frequência de abortos no segundo e no terceiro trimestres de gestação e reduz eficiência reprodutiva de matrizes e touros. O animal portador latente pode reativar o vírus quando exposto a fatores predisponentes estressantes, que diminuem sua resistência imunológica, na maioria das vezes, sem sintomas clínicos. Uma vez tendo sofrido infecção primária, o animal será portador do (HVB-1) por toda a sua vida, potencialmente atuando como fonte de infecção para indivíduos susceptíveis, assegurando a permanência da infecção no plantel.

Neosporose

A Neosporose é causada por um protozoário cujo hospedeiro definitivo é o cão. É ele o responsável pelo maior número das transmissões para os bovinos. A contaminação, em geral, ocorre quando o bovino ingere oocistos de neospora. Em algumas fazendas onde a brucelose está controlada, a neosporose se destaca como a principal causa de aborto entre bovinos. Em razão das perdas associadas ao aborto, como aumento de descarte e queda na produção de leite, torna-se de extrema importância o impacto econômico da doença.

O aborto pode ocorrer tanto em novilhas quanto em vacas, como também pode ocorrer diminuição da fertilidade e nascimento de bezerros natimortos. Os abortos ocorrem, em média, no terço médio gestacional, variando de três a sete meses. Os bezerros das fêmeas acometidas pela doença podem nascer vivos, mas doentes ou até clinicamente normais, mas com infecção crônica.

Diversas fazendas em que realizei um trabalho investigativo pelas ocorrências de aborto, me surpreenderam com os números de fetos abortados diagnosticados por neospora. Existem estimativas de que vacas gestantes abortam, anualmente, de 10% a 30%, dependendo do rebanho acometido por Neospora. Sendo o cão o principal vetor da doença, esse deve ter restrição quanto a seu convívio com o rebanho.

Diarreia Viral Bovina (BVD)

A Diarreia Viral Bovina (BVD), causada pelo vírus BVDV, é uma das patologias que mais aflige o rendimento final da cadeia reprodutiva dentro da propriedade. Acomete animais de todas as idades, dentre os quais novilhas e vacas primíparas (primeiro parto) são as mais vulneráveis, exigindo maior técnico no programa de vacinação de ambas as categorias.

Além da mortalidade, a BVD pode causar imunossupressão, o que acarreta nascimento de bezerros doentes e fracos, além da diminuição do ganho de peso por ocorrência da queda na conversão alimentar, acrescendo também problemas respiratórios. A doença pode tornar os animais persistentemente infectados (PI), ou seja, os que eliminam o vírus por toda a vida, dificultando seu controle.

Em machos e fêmeas não prenhes, na maioria das vezes, a infecção é subclínica ou apresenta poucos sinais. Sintomas diferentes podem ser encontrados em animais contaminados, pois há um espaço entre a exposição ao vírus e a manifestação dos sinais clínicos em alguns casos isolados de maior virulência, o que pode provocar um curto período febril, sialorreia, descarga nasal, tosse e diarreia.

Campilobacteriose

A Campilobacteriose é uma doença infecciosa venérea, causada pelo agente Campylobacter fetus . A transmissão ocorre no momento da cópula por um touro infectado. Diversos estudos mostraram a presença da doença em todo o território nacional, com alto índice de animais infectados. Os prejuízos são evidentes na infertilidade, nos abortos e, consequentemente, no aumento do intervalo entre os partos.

Tricomoníase

A tricomonose é uma doença parasitária, infecciosa e sexualmente transmissível (momento do coito na monta natural). Causada por um protozoário denominado Tritrichomonas foetu, a doença acarreta problemas reprodutivos, como abortos precoces, infecções uterinas, diminuição no desempenho e repetição de cios.

As doenças citadas agem de forma silenciosa, mas podem ser diagnosticadas de forma generalizada através do levantamento de alguns dados como, aumento do fundo de maternidade, baixas taxas de concepção na IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo), baixo desempenho reprodutivo e monitoramento de nascimento de bezerros natimortos, induzindo à busca investigativa.

As doenças reprodutivas decorrem de sequências de negligências, indisciplinas no manejo sanitário e alta rotatividade de animais no rebanho. Fazendas com alta frequência de compra e de venda de gado e sem acompanhamento médico, não contam com medidas estratégicas para controle e para prevenção das doenças. Um clássico que gosto de citar são propriedades que não produzem as próprias fêmeas de reposição e repõem as vacas vazias com outras prenhas de múltiplos rebanhos. Em situações como essa, onde tivemos a oportunidade em monitorar o rebanho, o fundo de maternidade ultrapassou os 10% de perdas gestacionais, gerando grande impacto econômico.

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Shaira Mayse
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