O ano de 2021 teve aumento de 30% na comercialização de sementes. As vendas atingiram R$ 7,9 bilhões, contra R$ 6 bilhões de 2020. O resultado está no estudo Business Intelligence Panel (BIP), relativo ao milho segunda safra (safrinha) no ciclo 2021, da Spark Inteligência estratégica.
O grão ocupou 14,5 milhões de hectares nas regiões cobertas pelo estudo. Ou seja, uma elevação de 11% frente ao período anterior (13,1 milhões de hectares). O BIP Milho 2022, segundo informa a empresa, será publicado já em abril próximo.
Cultivares
Segundo a analista de mercado da Spark, Raquel Ribeiro, a alta nas vendas de sementes se explica principalmente pela adesão do produtor às cultivares mais inovadoras, inseridas na chamada terceira geração da biotecnologia. “O produtor tem apostado em híbridos modernos para controle de lagartas. Essas tecnologias também apresentam tolerância a herbicidas e constituem hoje ferramentas estratégicas ao manejo de lavouras”, resume a especialista.
Nas áreas avaliadas pela Spark, a biotecnologia de terceira geração ocupou 63% dos cultivos do milho em safrinha 2021 (9,1 milhões de hectares), ante 23% do ciclo 2019 (2,9 milhões de hectares). As biotecnologias de segunda geração chegaram a 30% da área plantada (4,4 milhões de hectares), ao passo que a biotecnologia de primeira geração correspondeu a apenas 1% (93 mil hectares). Em 7% das áreas ou 973 mil hectares não houve emprego dessas tecnologias.
Biotecnologias
Ainda de acordo com a especialista, a movimentação robusta de biotecnologias de terceira geração não tem relação direta com o aumento da área plantada na safrinha. “A pesquisa revela que o desempenho dessas sementes decorre da tendência de o produtor de milho priorizar os pilares genética de qualidade, biotecnologia de ponta e sementes tratadas com inseticidas e fungicidas, em busca de mais produtividade e rentabilidade.”
“Devido ao avanço acelerado das biotecnologias, o BIP constatou ter havido uma queda representativa nas aplicações de defensivos agrícolas para controle de lagartas na safrinha”, continua Raquel. Conforme compara a especialista da Spark, no ano de 2021, 57% das áreas cultivadas tiveram ao menos uma aplicação de lagarticidas, índice situado acima de 70% dois anos atrás.
O BIP Spark Milho 2020-21, que abrange o milho na safrinha, resultou de mais de 3 mil entrevistas junto a agricultores das principais regiões produtoras. O estudo mostra ainda que as maiores áreas plantadas na safrinha foram constatadas nos estados de Mato Grosso, com 41% do total, Paraná (17%), Goiás e Mato Grosso do Sul, os dois últimos com 15% cada.
Sobre a Spark Inteligência Estratégica
A credibilidade e os diferenciais competitivos conquistados pela Spark Inteligência Estratégica resultam de um intenso trabalho em nível de campo, realizado nas últimas seis safras, envolvendo milhares de produtores-chave dos principais cultivos do País. A Spark reúne hoje um amplo e diversificado acervo de informações quantitativas e qualitativas sobre os mercados de defensivos agrícolas e sementes.
Em seis anos de atividades, a Spark concluiu mais de 160 estudos especiais e 300 cotas de estudos painel. Nesse período, os profissionais da empresa aplicaram mais de 130 mil entrevistas e percorreram em torno de 4,5 milhões de quilômetros no território nacional. Mais informações: http://spark-ie.com.br/