Produzir mais na mesma área tem sido o mote das fazendas de gado de corte nas últimas décadas. Com a ascensão dos programas de melhoramento genético, a partir da década de 1990, o peso médio de abate de bovinos subiu de 17@ para as atuais 20@ e há espaço para crescer mais.
Segundo Lucas Motta, gerente comercial da Agropecuária Jacarezinho, primeira colocada da edição 2022 do ranking TOP 100 – Os Maiores vendedores de touros no Brasil, o foco atual do criador de bovinos de corte que deseja vencer na atividade deve estar na “pecuária de ciclo curto”. Para tanto, usar touros melhoradores é o caminho.
Reprodutores oriundos de programas de melhoramento genético são capazes de transmitir à progênie características diretamente relacionadas à eficiência produtiva. Dentre as principais, é possível destacar precocidade (sexual e de abate), conformação e qualidade de carcaça, além da maior velocidade de ganho em peso em regime de pasto.
“Ao longo das últimas três décadas, os avanços da pecuária brasileira são notórios. Reduzimos a idade de abate de uma média de cinco para três anos. Também vemos fazendas que investem constantemente em melhoramento genético do rebanho terminando gado de corte entre os 18 e 24 meses de idade, com peso de 20 arrobas. Esses são números comprovados”, observa o gerente comercial.
Outro ponto que evoluiu substancialmente na seleção da raça Nelore é a fertilidade das matrizes. Hoje já é possível ver novilhas Nelore com idade entre 10 e 14 meses emprenhando, enquanto a média nacional luta para sair dos 36 meses.
“Da gestação à reprodução ou ao abate, o encurtamento do ciclo produtivo define a eficiência e a lucratividade do sistema de produção, melhorando a rentabilidade das fazendas, pois os animais aumentam a produtividade apenas investindo-se em boa genética e fornecendo a nutrição adequada”, conclui Motta, que convida os pecuaristas para feiras de touros que serão realizadas nos meses de abril e junho.