Prevista para terminar nesta quinta-feira (14), Comissão Parlamentar de Inquérito ganha mais tempo para apresentar e votar relatório final. A articulação foi feita pelo presidente da CPI, deputado federal Luciano Zucco (Republicanos-RS). O parlamentar destaca que a dilatação do prazo em uma semana será fundamental para finalizar os últimos apontamentos e colocar o texto em votação. “Apresentei as justificativas ao presidente Arthur Lira e ele demostrou sensibilidade com nosso pedido. Agora, é aproveitar esse tempo extra da melhor forma possível e entregar um relatório técnico e bastante fundamentado”, destacou Zucco.
A CPI do MST foi instalada no dia 17 de maio e teve como objetivo investigar a escalada de invasões de propriedades rurais em todo o país. Logo nos primeiros meses de 2023, o número de ocorrências dessa natureza superou o acumulado durante os quatro anos de governo Jair Bolsonaro. O colegiado também se debruçou sobre os principais financiadores do movimento e os diversos crimes praticados dentro dos acampamentos mantidos pelo MST e FNL.
O relatório final trará uma série de indiciamentos e propostas legislativas para punir com mais rigor os invasores de propriedades públicas e privadas, propostas que vedam a concessão de benefícios sociais, crédito agrícola ou nomeação para cargos públicos para quem participa de invasões. Até mesmo o impedimento em participar de programas relacionados à Reforma Agrária. Destaque ainda para um projeto que classifica como terrorismo os atos violentos contra propriedades públicas e privadas e que permite a ação da polícia sem a necessidade de ordem judicial para retomada de propriedades invadidas.
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Durante a Expointer 2023, o presidente da CPI esteve no estúdio do canal A Granja Total Agro e garantiu que havia provas de diversas irregularidades acerca do tema.