A expansão da área cultivada de soja, atrelada às condições climáticas mais favoráveis no Sul durante a safra 2023/24 favoreceram a proliferação de pragas na agricultura brasileira.
E estas circunstâncias promoveram um aumento de 3,7% da área tratada com defensivos em comparação com a safra anterior, 2022/23.
Foi o que apurou uma pesquisa encomendada pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg) para a Kynetec Brasil.
No que se refere ao volume total de defensivos utilizados no controle de pragas, doenças e plantas daninhas ao considerar o segundo semestre de 2023 (H2), foi registrado um total de 811 mil toneladas, considerando o número de aplicações necessárias por situação.
Desse total, 49% referem-se a herbicidas, 24% a fungicidas, 18% a inseticidas, 1% a tratamento de sementes e 8% a outros.
O montante utilizado corresponde a 1,25 bilhão de hectares tratados, impulsionado pela expansão da área cultivada.
O material leva em consideração a metodologia desenvolvida pelo Sindiveg que projeta dados do mercado de defensivos em PAT (produto por área tratada).
O conceito considera o volume efetivamente utilizado pelo produtor e o número de aplicações de defensivos na área cultivada.
Soja, fatia de 55%
De acordo com a projeção, o aumento da área controlada com nematoides na cultura da soja deve ser 26,1% e de percevejos, 8,8%.
A cultura de soja representa 55% do total da área e deverá refletir um aumento, com crescimento de 6,5% na safra 2023/24.
Neste caso, o uso de fungicidas premium apresentou aumento de 7,9%, enquanto o de fungicidas protetores 32%, ambos em uma área cultivada de 45 milhões de hectares, refletindo uma expansão de 4% em relação à safra passada 2022/23.
Em algumas regiões foram registradas chuvas acima da média, a exemplo do Rio Grande do Sul, onde a pressão de doenças fúngicas foi maior.
Em contraponto, no Centro-Oeste, com chuvas abaixo do esperado, o déficit hídrico viabilizou a infestação de pragas.
O investimento médio do produtor rural com insumos, como aponta a projeção, deverá voltar aos níveis de antes da pandemia, com os preços dos principais produtos em queda, em especial os herbicidas não seletivos – aqueles de amplo espectro de ação.
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Nas safras anteriores, o custo de insumos sofreu interferências da pandemia, com aumento nos custos de fretes, disponibilidade de contêineres e matérias-primas e custos de importações.
“As tecnologias para proteção de cultivo são fortes aliadas para garantir a produtividade, auxiliando os agricultores na expansão segura de seus negócios e contribuindo para a entrega de alimentos cada vez mais seguros”, avalia Borges.
Fonte: Sindiveg