Apesar da série de problemas enfrentados em razão da tragédia climática de maio no Rio Grande do Sul, a Associação Brasileira de Cavalos Crioulos (ABCCC) e seus integrantes planejam uma Expointer plena e com uma “perspectiva bastante grande”.
É assim que define o presidente da entidade, César Augusto Rabassa Hax, em entrevista exclusiva ao programa A Granja na TV, veiculado pela Ulbra TV.
Hax lembra que a etapa classificatória para a final do Freio de Ouro, que nesta edição da feira se realizará no segundo sábado da feira (e não no primeiro domingo, com tradicionalmente), foi um “pouco tumultuada”.
Afinal, a enchente que tomou quase todo o Rio Grane do Sul começou uns 10 dias após a classificatória Bocal de Ouro.
Antes, as provas fora do Brasil tinham sido realizadas, em março na Argentina e em abril no Uruguai.
“Repaginamos todo o nosso calendário, e isso trouxe alguns transtornos. Ficamos muito apertados de datas, mas entendíamos que tínhamos que fazer aquilo naquele momento”, conta.
Mas as classificatórias foram realizadas tanto no RS como e Santa Catarina e no Paraná.
“Então a gente chega para esta Expointer com nossos números morfológicos todos completos e os números do Freio de Ouro também completos”, comemora.
“Calendário completo, número de animais completos, prontos para uma final, que sempre traz muita emoção e este ano não vai ser diferente”, complementa.
Supercopa Jovem
Para esta edição foram promovidos alguns ajustes no calendário, com ocupação em todo o espaço da feira, inclusive com a realização da Supercopa Jovem, que tem como participantes crianças e pré-adolescentes.
Mais sobre a raça na feira em Freio de Ouro: seleção genética e cultura em prova de superações
A pista na Expointer, que durante a enchente chegou a ser atingida por 2 a 2,5 metros de água, será cedida neste ano para shows culturais e musicais, em acordo com o Parque Assis Brasil e com o Governo do estado.
“É uma oferta a mais para o público e a gente entende que vai ser um Freio um pouco diferente, com mais atração e mais emoção”, destaca Hax.
Vitrine para a raça
O dirigente entende que a feira se realiza num momento de “plena expansão” da raça, com 80% a 85% de presença no Rio Grande do Sul, além de “evolução forte” em SC e PR.
“Não tenho dúvidas que tem cavalo crioulo em qualquer canto do Brasil”, estima.
“É uma raça extremamente adaptada, de ótimo temperamento, que serve para múltiplas funções, trabalho, lazer, cavalgada… enfim, aquilo que o nosso usuário entende que precisa do cavalo a raça crioula é perfeitamente adaptada a qualquer tipo de temperatura, região”, descreve.
“É por isso que a gente está em todo o Brasil crescendo em modalidades que são absolutamente grandes, como o laço comprido, que se desenvolve muito em nível de Brasil Central. O cavalo crioulo entendemos que deva ter entre 70% a 75% de participação do laço comprido no Brasil, que é a maior modalidade equestre”, complementa.
Veja a entrevista completa no link abaixo. Assim como mais informações sobre o agro no programa A Granja na TV, na Ulbra TV, diariamente às 17h30min e com reprise às 7h30min do dia seguinte