Ao final de outubro encerro o prazo de 90 dias previsto pela Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH) para que seja retomada a condição sanitária do Rio Grande do Sul, visto o caso isolado da doença de Newcastle em uma granja de Anta Gorda, em julho.
Portanto, o momento é de retomada total de mercados internacionais para o frango gaúcho.
Foi o que explicou ao programa A Granja na TV de segunda-feira, 4, na Ulbra TV, o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos.
“O Ministério da Agricultura e Pecuária comunicou a Organização Mundial de Saúde Animal que não há mais nada de resquício ou algum tipo de contaminação. Não houve mais casos positivos. Então, houve um comunicado oficial para a WOAH no sentido de que os países que ainda permanecem com embargos às exportações do Rio Grande do Sul que regularizem esta situação”, destacou.
“Diante disso já temos aí o aceno de Arábia Saudita, e deve se normalizar as exportações do Rio Grande do Sul para aquele destino. E outros países que deverão anunciar de que forma vão retomar”, revelou.
“O Chile, por exemplo, deverá vir fazer uma auditoria no RS justamente para avaliar as ações que foram tomadas”, acrescentou.
Mais sobre o caso em Encerrado oficialmente episódio da doença de Newcastle no RS
Ação e lição
“Diante disso tudo, tiramos uma lição e, ao mesmo tempo, tivemos uma ação muito rápida no sentido de solução do caso, da gestão do caso em buscar de forma rápida, célere, as ações necessárias, tanto do serviço oficial federal e estadual, quanto do próprio setor produtivo”.
O dirigente destacou que o Rio Grande do Sul é o terceiro maior exportador do Brasil, com embarques médios de quase 750 mil toneladas de carne por ano.
Mas o caso da doença causou impacto no segmento.
“No mês de agosto houve já uma queda no volume exportado, quase 28 mil toneladas a menos do que exportado no mesmo período do ano passado, ocasionando um prejuízo quase na ordem de US$ 50 milhões”, relatou.
Melhora em setembro
Mas em setembro foi possível redirecionar as vendas para outros países.
Segundo ele, no mês houve “reação”, crescimento 12% nos embarques ante setembro de 2023.
“Mas ainda temos uma queda no acumulado janeiro a setembro, 514 mil toneladas contra 557 mil no mesmo período de 2023, queda de 7%”, mencionou.
“Claro que tudo isso mudou a nossa expectativa para este ano. Tínhamos uma expectativa de um crescimento da ordem de 2% a 3%. E agora estamos vendo como vai se comportar se tivermos um avanço rápido das retomadas, a gente pretende fechar o ano em equilíbrio. Ou podemos ter um pequeno recuo”, ressaltou.
A entrevista completa, assim como o programa na íntegra e mais informações sobre o agro na edição de A Granja na TV de segunda-feira, dia 4 de novembro (Canal 48.1 TV Digital e 521 da NET Porto Alegre)