Nos últimos dias o Brasil recebeu autorização para exportar farelo de mandioca, flor seca de cravo-da-índia, fruto seco de macadâmia, erva-mate e polpa cítrica desidratada para o Canadá, sem necessidade de certificação fitossanitária.
O país da América do Norte também autorizou a importação do Brasil de feno para alimentação animal, fibra de coco, gelatina e colágeno de origem suína, além de mastigáveis de origem aviária, caprina e bovina, e ainda grãos secos de destilaria (DDG ou DDGS).
Com mais estes mercados, o agronegócio brasileiro registrou a 117ª abertura desde o início do ano.
“A abertura de mercados é fundamental para a gente conseguir colocar nossos produtos lá fora. E não é novidade que a gente vem batendo recordes de exportações, de abertura de novos países para onde o produto do agronegócio brasileiro está chegando, mas também é mais importante o trabalho de fazer a promoção comercial do produto brasileiro lá fora”.
A avaliação é de Felipe Spaniol, coordenador de Inteligência Comercial e Defesa de Interesses do Núcleo de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em entrevista ao programa A Granja na TV, veiculado pela Ulbra TV na segunda-feira, dia 23.
Spaniol destacou a importância da participação de entidades privadas, como a CNA, junto com Governo brasileiro na conquista e ampliação de mercados.
O dirigente exemplificou duas missões comerciais promovidas pela CNA.
Ao levar um grupo de produtores rurais e exportadores aos os Emirados Árabes Unidos, na feira Gulfood Green, para fazer a promoção dos seus produtos.
E na mesma semana, outra delegação foi conduzida a uma feira em Lima, Peru.
“Seguido de uma abertura de mercado é sempre importante estas ações que colocam aquela empresa, aquele produtor rural que está interessado em exportar, em contato com o mercado estrangeiro”, justificou.
“Na sequência das ações de abertura de mercado é importante ter este esforço de promoção do produto brasileiro”, acrescentou.
De mel a milho
Spaniol destacou a aceitação internacional de produtos de origem agrícola como méis premiados, castanhas, frutas processadas com geleias e doces que “têm encontrado uma boa oportunidade lá fora e é isso que a gente tenta promover”.
Assim como produtos com “impacto grande”, como foi o caso da abertura do mercado chinês ao milho, o que promoveu um “boom” ao cereal brasileiro.
O milho para a China é o caso de importantes produtos com “impacto grande”, pois o cereal é uma commodity com grande capacidade produtiva e excedente de produção.
Proteína animal
Assim como toda a cadeia de proteína animal.
“As grandes empresas, os frigoríficos, atuam neste mercado para colocar esta marca brasileira que já é reconhecida mundialmente dentro dos mercados estratégicos que foram abertos lá fora”, descreveu.
Mais sobre o mercado externo do Brasil em Carne bovina se destaca com recorde nas exportações do agro brasileiro em agosto
“Mas o que leva também a este trabalho conjunto do setor privado e do Governo é quando a gente constrói estas agendas de interesse. Ou seja, seleciona-se quais são estes mercados prioritários, qual é a agenda que se busca em cada um destes mercados”, ressaltou Spaniol.
“E é um momento bom para que o Brasil consiga cada vez mais atuar proativamente, buscando esta conexão maior com estes mercados estratégicos para a nossa exportação, e com isso gere um benefício para toda a sociedade”, reforçou.
Segundo ele, ao aumentar a exportação, gera-se mais riquezas, melhora a economia nacional, e o produtor ao acessar o mercado internacional acaba por ter um faturamento mais protegido, “porque não fica só susceptível às questões econômicas do próprio Brasil”.
“Então, eventualmente quando um mercado está desaquecido aqui ele pode ter uma alternativa de escoamento do seu produto lá fora. Além de agregar muito valor ao seu produto, colocar um produto que já tem muita qualidade aqui dentro do Brasil num mercado em ponto de venda no exterior é muito bom e pode mostra aquilo de bacana que é feito pelo produtor rural aqui do Brasil”.
Veja a entrevista completa no link abaixo. Assim como mais informações sobre o agro no programa A Granja na TV, da Ulbra TV, edição de segunda-feira, dia 23 de setembro (Canal 48.1 TV Digital e 521 da NET Porto Alegre)